quinta-feira, 13 de abril de 2017
Homem é preso pela PRF após tentar aplicar golpe do seguro
Você já soube de alguém que foi preso por roubar ele mesmo? Seria uma espécie de “selfie crime”. E foi o que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou em Campina Grande, no dia de ontem. Um homem foi preso tentando dar o conhecido “golpe do seguro”.
Uma equipe da PRF estava realizando um trabalho de fiscalização no quilômetro 149 da BR 230, em Campina Grande, quando perceberam que um VW Voyage de cor preta transitando pelo acostamento e fazendo manobras bruscas até estacionar no próprio acostamento. Um homem desembarcou e começou a caminhar em direção aos policiais. Quando ele estava passando pela equipe, foi indagado do porquê ter estacionado o carro ali, já que não era permitido. Ele respondeu que o motorista era o irmão dele e que se encontrava dentro do veículo. Os PRFs foram até o Voyage e não encontraram ninguém em seu interior. Dentro dele foram encontradas uma carteira de motorista (CNH), o documento do carro e um crachá de uma empresa de nome Investlar. Todos em nome da mesma pessoa. A foto do crachá era daquele mesmo homem que os policiais abordaram antes; o que levou os policiais a constatarem que aquele era o proprietário. Como o VW estava estacionado no acostamento, logo foi providenciado um caminhão guincho para retirá-lo de lá. Uma multa foi extraída pela infração. Mas antes mesmo do carro ser removido os agentes receberam uma informação de que um veículo acabara de ser roubado com as mesmas características do Voyage; inclusive a placa.
Golpe do Seguro – Assim que os policiais rodoviários federais ouviram a mensagem referente ao roubo, ligaram para a Delegacia da Polícia Civil para saber se o proprietário ainda estava lá prestando a queixa. Fato confirmado, os PRFs se dirigiram pra lá, levando o carro “roubado”. Logo que entraram na delegacia avistaram o mesmo homem que havia abandonado o Voyage. O fato é que o indivíduo tinha como objetivo dar o conhecido golpe do seguro, que é quando o proprietário se desfaz do veículo e, em seguida, registra uma falsa comunicação de crime com o objetivo de receber o prêmio da seguradora. Essa prática de forjar o roubo do próprio carro é feita por alguns donos quando os mesmos encontram dificuldades em vendê-lo.
Como o proprietário e golpista estava nas dependências da unidade da Polícia Civil, lá mesmo ele permaneceu na condição de preso. Além de responder pela contravenção de falsa comunicação de crime, que pode render-lhe uma pena de uma a seis meses de reclusão, o suspeito poderá ser indiciado pelo crime de estelionato, que tem pena prevista de reclusão que varia de um a cinco anos.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL/PRF