domingo, 30 de dezembro de 2018

Dezembro Laranja: Exames identificam câncer de pele precocemente e aumentam chances de cura


Campanha Dezembro Laranja alerta população sobre doença que atinge mais de 165 mil brasileiros por ano; homens são mais acometidos. Método utilizado em Medicina Nuclear detecta lesões do melanoma antes das alterações anatômicas e permitem tratamento mais eficaz

O câncer de pele é responsável por 30% de todos os tumores malignos do Brasil e acomete, em média, mais de 165 mil brasileiros todos os ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Se diagnosticado em estágios iniciais, o câncer de pele tem 100% de cura, de acordo com dados do Hospital do Câncer de Barretos.

Existem três tipos de câncer de pele: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma, este último é o mais conhecido - e também o mais perigoso - que representa 3% dos casos de tumores malignos, pois possui um alto nível de mortalidade e provoca metástase. Nas mulheres, é mais frequente nos membros inferiores. Já nos homens, a predominância é na região do tronco. No Brasil, o câncer já é a segunda causa de morte por doenças, atrás apenas das enfermidades do aparelho circulatório.

A Medicina Nuclear conta com dois exames que identificam as metástases provocadas pelo melanoma antes das alterações anatômicas, ou seja, antes que elas estejam visíveis. É a Linfocintilografia com SPECT/CT e o PET/CT para Melanoma.

Linfocintilografia com SPECT/CT

A Linfocintilografia é realizada com a injeção de um radiofármaco, para extrair o linfonodo sentinela, que, se estiver acometido pelas células cancerígenas, indica que existem outros gânglios comprometidos (micrometástase) e determina a retirada de todos os linfonodos presentes no local por meio de cirurgia.

As imagens tomográficas do linfonodo sentinela são captadas pelo equipamento SPECT/CT (Cintilografia Tridimensional e Tomografia Computadorizada), tecnologia de diagnóstico por imagem mais rápida, precisa e com menos radiação.

PET/CT para Melanoma

Neste exame, injeta-se um análogo da glicose na veia do paciente, que se concentra nas lesões tumorais, localizando os focos de metástases. Uma análise do corpo inteiro é realizada com alta precisão graças ao equipamento PET/CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons e Tomografia Computadorizada), tecnologia de diagnóstico por imagem mais sensível, que permite determinar o tratamento mais adequado.

“O PET scan permite conhecer a localização exata do câncer e determinar sua extensão, o que possibilita escolher o tratamento correto para o tipo de lesão”, explica o médico nuclear e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, George Barberio Coura Filho – responsável clínico da Dimen SP (www.dimen.com.br).


Assessoria