O hacker que clonou o celular da primeira-dama Marcela Temer foi condenado em primeira instância a cinco anos, 10 meses e 25 dias de prisão em regime fechado por estelionato e extorsão. Cabe recurso.
Silvonei José de Jesus Souza pediu R$ 300 mil para não vazar fotos íntimas e áudios de Marcela. Réu primário, Souza cumprirá pena no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo.
O processo foi aberto em abril, ganhou classificação “prioritária” e foi concluído 6 meses depois.
O advogado de Silvonei, Valter Bettencort Albuquerque, se disse “chocado” com a decisão de colocar um réu primário em regime fechado por cinco anos. “Por ele ser de baixa periculosidade, deveria ser regime aberto ou semi-aberto”, disse Albuquerque.
“Mike”, “Kilo” e “Tim”
No processo, todos os nomes foram substituídos por codinomes. Quando o hacker fazia menção a Marcela, o escrivão registrava “Mike”. Quando o hacker se referia a ele próprio, o nome que ia para os autos era “Tim”. Karlo, o irmão da primeira-dama, virou “Kilo”.
“No dia 18 de abril de 2016, através da anterior clonagem do celular xxx, pertencente à vítima
protegida “MIKE”, para o celular xxx, bem como se valendo da linha de Brasília xxx, também hackeada (clonada), SILVONEI JOSÉ DE JESUS SOUZA, constrangeu a vítima “MIKE”, mediante grave ameaça. O indiciado lhe enviou uma mensagem de voz, entre ela e seu irmão, sobre coisas corriqueiras da cidade, dizendo-lhe o indiciado que ‘queria ganhar algum’ e que tinha pessoas interessadas em comprá-las, e com intuito de obter, para si ou para outrem, indevida vantagem econômica”, diz o início da sentença.
Com G1