domingo, 11 de setembro de 2016

Grupo é preso por arrombar caixas eletrônicos na Paraíba e em mais dois estados


Um Dos Suspeitos Ostentava Motos E Carros De Luxo Nas Redes Sociais, Em Goiás (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

A Polícia Civil apresentou, nesta quinta-feira (8), em Goiânia, três homens presos suspeitos de furtar agências do Banco Santander em várias capitais do país. De acordo com a investigação, o grupo movimentava milhões de reais com o crime e levava uma vida luxuosa. O trio arrombava caixas eletrônicos do banco utilizando furadeiras.

Segundo o delegado Alex Vasconcelos, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), Adair Silvino de Morais, de 35 anos, o irmão dele, Rogério Silvino de Morais, de 29, e Thiago de Moura, de 30, são investigados por crimes no Distrito Federal, Paraíba e Mato Grosso do Sul. Ele afirma que a polícia se surpreendeu com o volume de dinheiro movimentado pela quadrilha.

“Eles possuíam altos investimentos financeiros, contas bancárias com volumes vultuosos. Um padrão de vida com muita ostentação. Eles utilizavam os valores furtados com muita luxúria. Só na residência do Adair, por exemplo, em uma conta rápida, foi somado mais de R$ 30 mil em perfumes importados, bebida e outros objetos, sem contar os carros e lanchas de luxo”, disse.

A Operação Phanton, deflagrada na última quinta-feira (1º), iniciou com as prisões de Adair e Thiago, presos no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, quando, segundo a polícia, voltavam de um furto praticado em uma agência de João Pessoa. Na sexta-feira (2), Rogério foi preso em Joinville, cidade em que os três moravam.

De acordo com o delegado, além do trio, a polícia prendeu a esposa de Adair, Juliana Venício de Moraes e a mulher de Thiago, Alessandra Moura. As duas foram presas mas, por estarem grávidas, foram liberadas pela polícia. Elas seriam responsáveis por lavar o dinheiro do crime utilizando duas empresas das quais os três eram sócios.

Segundo Vasconcelos, parte do dinheiro era colocada em contas correntes e o restante era disseminado nas contas correntes de uma cafeteria e uma loja de autopeças.

As investigações começaram após um furto a uma agência do Santander em agosto deste ano no Centro de Goiânia. A partir de então, a polícia começou a monitorar os suspeitos, conseguindo prendê-los após o crime praticado no nordeste.

Com a quadrilha a polícia apreendeu uma furadeira eletromagnética, avaliada em R$ 20 mil, e uma esmerilhadeira. Ambas eram utilizadas no arrombamento dos caixas eletrônicos. Com Thiago e Adair foram apreendidos R$ 53 mil que, segundo a polícia, foram obtidos no furto a uma agência de João Pessoa.

Conforme o inquérito, o grupo vai responder por furto qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Todos os bens do grupo foram bloqueados.

Modo de agir
O delegado explicou que a quadrilha utilizava um método diferente das quadrilhas que explodem caixas eletrônicos. Alex Vasconcelos afirmou que a quadrilha praticava os crimes exclusivamente em agências do Santander, porque conheciam o modelo dos caixas eletrônicos e o sistema de segurança, o que fazia com que eles não fossem notados.

Segundo Vasconcelos, a quadrilha furtava também os registros das câmeras de segurança das agências.

“O próprio Adair nos esclareceu que a modalidade por eles empregada é denominada no sul do país como ‘furo técnico’. Eles utilizam equipamentos como furadeiras eletromagnéticas e furadeiras de alto impacto, a fim de vencer a resistência do caixa eletrônico e subtrair os valores por eles guarnecidos. O grupo fazia tudo isso tem ter registro de imagem deles, já que levavam o DVR das agências”, contou.

De acordo com o delegado, os três homens já tinham passagem pela polícia. Ele afirma que eles foram presos em flagrante em 2015 após um crime nos mesmos moldes do praticado em agosto.

“Esta modalidade criminosa, ao contrário do que muitos possam achar, conseguem um êxito muito maior na ação do que propriamente o ‘novo cangaço’, que explode bancos. As quantias levadas são exorbitantes. O padrão de vida levado por eles mostra que eles conseguiam muito dinheiro com esta modalidade criminosa”, explicou.



G1