“Ele expõe questões prisionais, sociais e psicológicas, estando centrado no caso de uma detenta, devido à complexidade subjetiva encontrada nele. Além do mais, busca retratar as formas de isolamento dessas pessoas que, muitas vezes, deságua na solidão”, explicou Ana.
A ideia da gravação começou através da música. Inspirada por canções da banda Racionais Mc’s, começou a consumir produções de temática prisional, pesquisar e estudar. “Percebi que as questões em torno de um assassinato poderiam se tornar o meu trabalho de conclusão de curso”, pensou. E executou.
O objetivo era levantar análises e questionamentos sobre o crime, a função social da pena e o sistema prisional, dando visibilidade social para a população carcerária, pra sua família e família das vítimas.
Diante disso, foi além das arestas. Visitou penitenciárias, casas de famílias e ouviu fontes oficiais. Está narrando, em documentário, três lados possíveis dos crimes: o suspeito, a família do suspeito e a família da vítima. “Desse modo foi possível driblar a visão unilateral sobre o crime, que está pautada de maneira formal através de leis e estatísticas”, esclareceu.
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