domingo, 17 de setembro de 2017
Pabllo Vittar roubou a cena em show de Fergie no Rock in Rio
Na segunda noite do Rock in Rio 2017, os artistas brasileiros brilharam — até mesmo quando fizeram só participações especiais — e ofuscaram os grandes nomes internacionais. A cantora drag Pabllo Vittar levantou a plateia ao dividir o microfone com a americana Fergie em “Glamorous” e emendar o hit “Sua cara”. Vittar salvou a ex-Black Eyed Peas de uma apresentação decepcionante, na avaliação da nossa crítica especializada.
Mais cedo, o show nacional já tinha começado no Palco Sunset. O encontro entre o rapper Rael e a cantora Elza Soares teve a melhor química até agora no espaço. Após meia hora de show de Rael, que mostrou o seu diálogo do rap com o pop, Elza entrou sentada em um trono cantando “A carne”, e o rapper inseriu “Negro drama”, dos Racionais MC’s.
Na abertura do Sunset, no começo do dia, a homenagem a João Donato, com o quarteto de cantoras Mariana Aydar, Lucy Alves, Tiê e Emanuelle Araújo, fez jus à obra do pianista e compositor. Em seguida, a Blitz mostrou que o seu rock teatral e bem-humorado, sucesso na primeira edição do Rock in Rio, ainda é capaz de fazer sucesso entre a garotada.
Já na abertura do Palco Mundo, a banda mineira Skank viveu uma noite encantada sob a liderança de um inspirado Samuel Rosa. Em uma hora de show, os hits do grupo foram intercalados com discursos políticos. Antes de cantar “Indignação”, Rosa afirmou:
— Infelizmente temos que tocar esta canção, composta em 1991, mas que segue atual — disse ele, aplaudido. — Eu acredito no Brasil, não acredito nos políticos. Nós somos melhores do que vocês, vocês matam gente.
Na sequência, o jovem popstar canadense Shawn Mendes, de apenas 19 anos, fez o que se esperava: com seu rosto de bom moço, hipnotizou as fãs adolescentes e deu a elas tudo o que queriam, incluindo covers de Ed Sheeran (“Castle on the hill”) e Kings of Leon (“Use somebody”).
No último show da noite, o Maroon 5 levou seu apaixonado público — desta vez aquele que foi à Cidade do Rock para realmente assisti-lo — à loucura em uma apresentação muito competente dos seus sucessos. Contudo, uma das poucas diferenças em relação ao show da noite anterior, em que substituíram Lady Gaga, foi a ausência de “Garota de Ipanema” e a inclusão de uma música nova, “Lost stars”.
O californiano Miguel foi a boa surpresa gringa da noite. Com carisma e versatilidade, e acompanhado por uma banda poderosa, ele conquistou a plateia. A participação relâmpago de Emicida, em “Oasis”, fechou a apresentação consagradora para Miguel.