sábado, 2 de setembro de 2017

Juiz sequestra bens de investigados e presos por fraudes no IPM, em João Pessoa


Uma decisão judicial sequestrou os bens dos 20 investigados por envolvimento no esquema de fraudes no Instituto de Previdência do Município de João Pessoa (IPM). O bloqueio será feito até o limite de R$ 25 milhões, mesmo montante apontado na fraude. O esquema foi desarticulado no dia 24 de agosto, pela operação ‘Parcela Débito’, do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba.

A medida foi do juiz Rodrigo Marques Silva Lima, titular da 6ª Vara Criminal da Comarca da Capital. A decisão foi publicada na terça feira (29), mas só foi divulgada nesta quinta (31). O pedido para a indisponibilidade dos bens foi formulado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB).

No dia seguinte à operação, em Audiência de Custódia, o juiz Rodrigo Marques manteve a prisão preventiva de 18 de 19 pessoas detidas na operação, e, ainda, no caso de uma mulher grávida, converteu a preventiva em prisão domiciliar.

“Na operação, vale ressaltar o papel fundamental da Justiça, que expediu 22 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de condução coercitiva e 20 mandados de prisão. Além disso, foi determinada a quebra do sigilo bancário, telefônico e fiscal dos envolvidos. E, agora, o sequestro de bens”, declarou o magistrado.

De acordo com as investigações, os investigados vinham inserindo gratificações irregulares nas fichas financeiras sem que tais valores fossem creditados nas contas dos aposentados ou pensionistas, sendo a quantia rateada em favor dos membros da organização criminosa. Eles aumentavam, irregularmente, gratificações de aposentados para que os valores fossem repassados à referida organização.

Além disso, mantinham, também de forma irregular, pensionistas na folha de pagamento após atingirem a idade limite para a percepção do benefício, objetivando que o numerário fosse repassado à organização. Inseriam, ainda, servidores “fantasmas” na folha de pagamento para que os salários fossem repassados à organização.

G1