quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Deputado estadual Janduhy Carneiro reforça pedido de instalação da “CPI do Fio Preto”


O deputado estadual Janduhy Carneiro (PTN), durante pronunciamento realizado na tribuna da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) nesta quinta-feira (16), anunciou assinatura de pedido para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar existência de supostas irregularidades cometidas pela empresa Energisa Paraíba.

O deputado quer, a partir do resultado positivo da CPI, que a Energisa seja obrigada a ressarcir os consumidores lesados pelos golpes por ela aplicados.

O interesse pela criação de uma CPI se deu a partir da descoberta da assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a Energisa junto ao Ministério Público a partir da descoberta do golpe, o pagamento de uma multa de quase R$ 1 milhão e o arquivamento do processo.

O valor da multa de quase R$ 1 milhão foi repartido entre a Associação do Ministério Público, a Fundação Escola Superior do Ministério Público e o Hospital São José que, do total da multa recebeu apenas R$ 50 mil.

“Entendo que esta situação é de extrema gravidade e que esta Casa não poderá ficar omissa. Por tal motivo, ontem assinei o pedido de CPI junto ao deputado Anísio Maia, que é autor da proposta, e outros colegas parlamentares. Não podemos deixar que essa situação fique silente. Os usuários dos serviços dessa empresa de concessão de energia elétrica tem que ter tranquilidade e a certeza de que não mais será vítima de quaisquer golpes caso sejam comprovadas as denúncias”, afirmou Janduhy Carneiro.

O golpe

O golpe, segundo denúncia de um funcionário da própria Energisa, se dava a partir da pressão da empresa para que equipes técnicas de visitas externas forjassem irregularidades nas ligações elétricas de consumidores criando, no momento da fiscalização, um desvio de energia elétrica, tática conhecida dentre os profissionais do setor como “Fio Preto”.

Ainda segundo o denunciante, para concretização do golpe, uma foto era realizada imediatamente após a conclusão da ligação irregular e, apresentada ao consumidor, logo em seguida, para que ele acreditasse que a ligação clandestina existia há muito tempo no local indicado. O crime, tinha como objetivo render milhões de reais em multas “criadas” pela empresa e pagas por consumidores que eram vítimas do golpe.



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