domingo, 28 de agosto de 2016
Cássio ironiza ida de Lula a julgamento de Dilma: ‘Vai estar no documentário do PT’
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou nesta quinta-feira (25) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende acompanhar o depoimento da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado na próxima segunda-feira (29).
O julgamento final da petista começou nesta quinta. Até esta sexta (26), serão interrogadas as testemunhas de defesa e de acusação. A previsão é que o processo de impeachment se encerre na próxima semana.
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), ironizou a possível presença de Lula na sessão que julgará Dilma. Para ele o fato de o ex-presidente estar presente não vai influenciar no resultado do julgamento, que será pelo afastamento definitivo de Dilma Rousseff. “Não vai mudar em nada. Se o Lula vier, vai ser para aparecer no documentário que os petistas estão fazendo. Ele vai aparecer como o protagonista de toda essa crise na qual o PT colocou o país”, afirmou.
Na sessão destinada ao depoimento, Dilma terá 30 minutos para apresentar sua defesa e, segundo a assessoria, responderá a eventuais questionamentos formulados pela defesa, pela acusação e por parlamentares.
“A nossa expectativa é que ele [Lula] venha, sim [assistir à defesa de Dilma]. Nós conversamos e ele está disposto a vir. Ele quer vir e acompanhar o depoimento dela”, disse Humberto Costa. Questionado sobre se Lula assistirá ao depoimento no Senado, declarou que sim.
Segundo um interlocutor do PT no Senado, a intenção de Lula é “prestar solidariedade” à presidente afastada durante seu interrogatório.
Na semana passada, em entrevista à BBC Brasil, Lula falou sobre a sessão destinada ao depoimento de Dilma e avaliou que ela irá “se expor a Judas” no Senado.
Dos 81 senadores responsáveis por julgar a presidente afastada no processo de impeachment, nove são ex-ministros dela e a tendência é que, desses, pelo menos cinco votem a favor do afastamento de Dilma: Eduardo Braga (PMDB-AM), Edison Lobão (PMDB-MA), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), Marta Suplicy (PT-SP) e Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN).
com G1