Os 800 fornecedores de cana da Zona da Mata Norte, que fazem parte da Cooperativa responsável pela reabertura da Usina Cruangi (Coaf) no ano passado, responsável por movimentar R$ 44 milhões e empregar cerca de 4 mil trabalhadores no campo e na fábrica, preparam-se para iniciar a nova moagem nos próximos meses.
A expectativa é de manter o mesmo número de contratações e superar a produção frente o melhor apontamento do parque fabril e excelente condição dos canaviais diante das chuvas regulares.
Aliado à isso, acaba de ser sancionada uma lei municipal em Timbaúba, onde a usina está instalada, que dá isenção fiscal à Coaf sobre qualquer serviço contratado pela unidade industrial, reduzindo custos de produção e deixando-a mais competitiva. Na última safra, apesar da seca, a usina fabricou 21 milhões de litros de etanol.
O anúncio da respectiva lei (2.960/16) foi feita na última sexta-feira (1º) na usina, pelo prefeito do município, Júnior Rodrigues, ao presidente da Coaf, Alexandre Andrade Lima. A legislação foi proposta pelo presidente da Câmara dos Vereadores, Josinaldo Barbosa, aprovada na sequência pela Casa e depois sancionada pelo prefeito no final do mês passado.
A lei objetiva incentivar o cooperativismo no local, que, desde o último ano, tem sido o responsável por restabelecer a atividade sucroalcooleira com a reabertura de postos de trabalho e serviços extintos com o fechamento da usina, bem como o respectivo reaquecimento econômico da cidade.
Alei foi uma promessa do prefeito e de vereadores em 2015, defendida pelo deputado federal Marinaldo, que é natural da Região, durante a reinauguração da usina que contou com o governador Paulo Câmara. Na época, foi sancionada uma lei estadual de incentivo fiscal. O governador concedeu um maior crédito presumido de ICMS sobre a produção de etanol das usinas abertas por cooperativas de canavieiros. Foram então beneficiadas as usinas Cruangi e Pumaty (na Mata Sul).
Oportunidade na crise “Enquanto dezenas de usinas fecharam nos últimos anos em virtude da aguda crise que afetou o setor sucroalcooleiro do país, aqui em PE, a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) e o Sindicato dos Cultivadores de Cana do Estado (Sindicape), através do cooperativismo e da parceria governamental, reativaram as usinas Cruangi e Pumaty. Não há outra caminho eficaz, senão a união entre a iniciativa privada e pública”, diz Andrade Lima, agradecendo aos atores políticos responsáveis por esta nova lei que incentiva o cooperativismo rural, estimulando o desempenho e a produção canavieira, com positivos efeitos socioeconômicos na cidade e toda cadeia produtiva da região.
NE10
Blog do Anderson Pereira.