sexta-feira, 10 de junho de 2016

RECONCILIAÇÃO EM CAMPINA: As famílias Ribeiro e a Vital do Rêgo podem estar orquestrando uma parceria


RECONCILIAÇÃO EM CAMPINA – Por Lena Guimarães
Durante três décadas, as famílias Ribeiro e Vital do Rêgo foram parceiras na política de Campina. Enivaldo Ribeiro foi eleito prefeito da cidade em 1976 com o apoio de Vital, que repetiu o voto em 1988, 1992 e 1996, e recebeu retribuição. Foi a partir de 2004, quando Veneziano Vital do Rêgo enfrentou Rômulo Gouveia, que tinha como vice Daniella Ribeiro, que viraram adversários. Agora, retomaram o diálogo que tem o poder de mexer com a política da Rainha da Borborema.

Em 2004, Veneziano era um vereador que sonhava em ser prefeito. Foi eleito e reeleito. Hoje é uma liderança estadual, com mandato federal e quadro do PMDB para disputar qualquer cargo majoritário. Seu irmão, Vital, é ministro do TCU. No lado dos Ribeiro, Daniella, que era vereadora, se elegeu deputada estadual. Seu irmão, Aguinaldo, já foi ministro e atualmente é líder do poderoso PP na Câmara Federal.

O primeiro encontro para uma reconciliação aconteceu em Brasília. Daniella foi sondada, deu sinal verde e logo em seguida recebeu um telefonema de Veneziano e concordou em recebê-lo. A conversa foi amistosa. Ambos demonstraram disposição em apagar o histórico de desgaste, fruto dos embates eleitorais, e em restabelecer os laços de amizade. Os dois lados afirmam que deixaram a política para o futuro. Será?

Separados, terão que enfrentar os poderes municipal e estadual, que naturalmente têm mais facilidades para atrair partidos e fechar coligações. O prefeito Romero Rodrigues (PSDB) terá Cássio Cunha Lima no palanque, e o candidato do PSB, Adriano Galdino, o apoio do governador Ricardo Coutinho.

Juntos, PP e PMDB formariam uma força capaz de desequilibrar os adversários. Na última eleição Veneziano recebeu 1/3 dos votos da cidade para a Câmara Federal, enquanto Daniella foi a segunda mais votada para a Assembleia. O PMDB tem o segundo maior tempo de propaganda, e o PP, o quarto. Os dois partidos governaram a cidade e têm legado para mostrar e pedir votos. E não têm projetos conflitantes para 2018.

O encontro de Daniella e Veneziano pode não terminar em aliança, mas enquanto existir a possibilidade, nenhum adversário deixará de considerar o risco que representam.
Fonte: Correio da Paraíba
Créditos: Lena Guimarães