quinta-feira, 30 de junho de 2016

Após mandar matar o irmão, Celeste planejava sequestrar filho de empresário, diz delegado


O bando preso por suspeita de matar o universitário Marcos Antônio Filho, de 28 anos, planejava outros crimes, inclusive sequestro, de acordo com o delegado Aldrovilli Grisi. A comprovação veio com base em mensagens de texto em poder da principal suspeita, a irmã da vítima, Maria Celeste. Inclusive, no decorrer das investigações, a polícia passou a acreditar que um empresário de 54 anos preso sob suspeita de receptação seria, na verdade, mais uma vítima de Celeste. Ela planejava um roubo contra o empresário e também sequestrar o filho dele.

Conforme Grisi, uma procuração falsa de Marcos foi encontrada na casa do empresário de 54 anos. Marcos teria encontrado esse documento e questionado a irmã e, por isso, teria sido morto. Porém, no decorrer das investigações, a polícia passou a acreditar que o empresário é mais uma vítima de Celeste.

O empresário pode não estar diretamente ligado ao homicídio, ou ter algum interesse no crime, mas foi necessária sua prisão para auxiliar nas investigações. “Tudo indica que ele seja a pessoa que comprava todos os bens que Maria Celeste lapidava da família, do patrimônio familiar. A nossa intenção é buscar se ele tinha interesse ou não no homicídio. Até o presente momento, tudo está se desenhando que ele não tinha intenção de participar desse crime, mas, por uma questão de interesse da investigação, foi necessária a prisão dele nesse momento”, explicou o delegado.

Segundo as investigações, Celeste e os outros presos planejavam cometer crimes contra esse empresário e outros empresários que ela conhecia.

“Informações extrainquérito indicam que os demais criminosos estavam planejando um roubo contra ele. E não só um roubo, mas também um sequestro contra o filho dele. Há conversas, diálogos de mensagens de texto da própria Celeste, provendo informações privilegiadas tanto dele como possivelmente de outros empresários, outras pessoas com quem ela mantinha contato”, disse o delegado.

A polícia segue apurando se ele teve participação no homicídio. Por enquanto, ele segue preso para ajudar nas investigações e também por crime ambiental. Com ele, foram apreendidas 47 aves silvestres e ele foi multado em R$ 27 mil.

Relembre

Marcos Antônio Filho foi baleado no dia 4 de junho, durante um suposto assalto à padaria que pertencia à irmã. O jovem, que cursava Medicina Veterinária no Campus da Universidade Federal da Paráiba (UFPB) na cidade de Areia, no Brejo paraibano, chegou a ser socorrido e levado para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no mesmo dia.

“Se a gente soubesse que era irmão, a gente tinha matado ela”, disse o executor de Marcos Antônio, de 28 anos, morto com um tiro na cabeça na padaria da família no dia 4 de junho, durante coletiva de imprensa realizada nesta terça­feira (28) na Central de Polícia, no bairro do Geisel, na capital.

Os bens da família eram avaliados em cerca de R$ 1 milhão, e teria sido o motivo pelo qual Maria Celeste, de 26 anos, teria mandado matar o irmão durante um suposto assalto à padaria dela, no bairro Jardim Luna, em João Pessoa, segundo informou o delegado Aldrovilli Grisi.

Segundo o delegado, depois da morte do pai dos irmãos, quem passou a gerir o patrimônio da família, que mora em Bayeux, foi a irmã, uma vez que a vítima estudava e morava em Areia, no Agreste do estado. Durante a ausência do irmão, ela conseguiu vender um imóvel e um carro pertencente à família e ainda segundo Aldrovilli Grisi, teria falsificado a assinatura do irmão para poder vender um imóvel que estava no nome dele.

Uma sétima pessoa foi presa, conforme informações passadas por Grisi a reportagem da TV Cabo Branco por volta das 12h30.

O homem era motorista de transporte alternativo e teria ajudado a dupla que realizou a ação criminosa na padaria durante a

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