segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019
Juíza solta mais de 10 presos em baile funk de facção criminosa em João Pessoa
Pelo menos doze dos presos na operação da Polícia Militar em um baile funk organizado por uma facção criminosa em uma casa de eventos no bairro Altiplano, em João Pessoa, na madrugada do sábado (26) foram soltos nessa terça-feira (29), durante audiência de justificação, na capital. Entre os liberados está o Júlio Cesar da Silva França, 29 anos, que responde a crime contra instituições financeiras, e seria o chefe do grupo, conforme informou à PM.
O advogado Getúlio Souza, que fez a defesa de Júlio Cesar e outros presos, defendeu que não houve cometimento de novo crime e ocorreu apenas a violação da liberdade condicional, já que eles são condenados.
A juíza da Vara das Execuções Penais, Andreia Arcoverde, atendeu argumento da defesa e determinou a liberação além dos defendidos pelo advogado aplicou a mesma decisão aos demais apenados.
Os detidos pela Polícia Militar por cometimento de novos crimes foram levados para a audiência de custódia. A reportagem tentou contato com o Tribunal de Justiça para saber o destino deles, mas ninguém soube informar.
Prisão
A festa acontecia em uma casa de eventos onde 412 pessoas foram revistadas e identificadas, duas armas de fogo foram apreendidas, além de frascos loló e porções de drogas que estavam sendo consumidas por participantes. Mais de 20 suspeitos que estavam cumprindo penas em liberdade condicional por tráfico, associação ao tráfico, roubo majorado, entre outros crimes, foram flagrados no local e presos.
Entre eles, estava o organizador do evento, Josevaldo Gomes da Silva Júnior, de 24 anos, que foi flagrado com uma pistola na cintura. Ele respondia em liberdade condicional por vários crimes, entre eles, por ação contra caixa eletrônico. No local, também foi preso outro envolvido em ação contra instituições financeiras, o Júlio Cesar da Silva França, de 29 anos, também respondendo ao crime – praticado em abril de 2015 – em liberdade condicional.
Conforme os levantamentos realizados pela Polícia Militar, a renda do evento, que trouxe artistas de funk do Rio de Janeiro e de outros estados, seria destinada para custear despesas de um grupo criminoso, que atua no tráfico de drogas na Paraíba, o que deve ser investigado.
A PM atuou com vários grupos operacionais, com apoio do Corpo de Bombeiros Militar, Instituto de Polícia Científica e da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária. O local do evento foi todo cercado e os policiais foram revistando e identificando nominalmente os 412 participantes, dos quais 45 já respondiam a algum tipo de processo por crimes. Dois ônibus foram usados para conduzir pessoas que estavam sem identificação até a delegacia. O local da festa foi multado em 25 mil reais por poluição sonora.
O material apreendido e todos os suspeitos flagrados com armas, drogas e com pendências na justiça foram encaminhados para a Central de Polícia Civil, no Geisel.
Portal do Litoral