Bolsonaro desembarca no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, para ser internado e realizar cirurgia de retirada de bolsa de colostomia
Presidente deverá ser operado nesta segunda-feira. Bolsa foi implantada após atentado a faca em Juiz de Fora (MG) durante a campanha.
O presidente Jair Bolsonaro chegou a São Paulo na manhã deste domingo (27) para se preparar para a cirurgia que fará para a retirada da bolsa de colostomia. O procedimento médico está programada para o início da manhã desta segunda-feira no Hospital Albert Einstein.
O avião presidencial decolou de Brasília por volta de 8h30 e pousou no Aeroporto de Congonhas, Zona Sul de São Paulo, às 10h. Bolsonaro viajou acompanhado de uma delegação, que incluía assessores e ajudantes de ordens, e da esposa, a primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ela deverá ficar com o presidente nos dias em que ele permanecer internado em São Paulo.
Bolsonaro tem junto ao corpo uma bolsa de colostomia implantada em setembro do ano passado, quando foi operado após receber uma facada de Adélio Bispo de Oliveira durante campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG). Esta será a terceira cirurgia à qual Bolsonaro será submetido desde o atentado.
A cirurgia é necessária para reconstruir o trânsito intestinal. O presidente deverá passar por exames pré-operatórios neste domingo e ficar em repouso. A cirurgia está prevista para 6h desta segunda-feira e será comandada pelo gastroenterologista Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo.
Neste tipo de cirurgia, que costuma durar de três a quatro horas, os médicos retiram a bolsa de colostomia e religam as partes do intestino grosso que estavam separadas pela bolsa. O prazo de recuperação estimado é de dez dias.
O porta-voz do governo, Otávio Santana do Rêgo Barros, afirmou na última segunda-feira (21) que o gabinete da Presidência da República será transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, enquanto o presidente estiver se recuperando.
Veja como foram as duas cirurgias que Bolsonaro já fez:
Primeira cirurgia
O avião presidencial decolou de Brasília por volta de 8h30 e pousou no Aeroporto de Congonhas, Zona Sul de São Paulo, às 10h. Bolsonaro viajou acompanhado de uma delegação, que incluía assessores e ajudantes de ordens, e da esposa, a primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ela deverá ficar com o presidente nos dias em que ele permanecer internado em São Paulo.
Bolsonaro tem junto ao corpo uma bolsa de colostomia implantada em setembro do ano passado, quando foi operado após receber uma facada de Adélio Bispo de Oliveira durante campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG). Esta será a terceira cirurgia à qual Bolsonaro será submetido desde o atentado.
A cirurgia é necessária para reconstruir o trânsito intestinal. O presidente deverá passar por exames pré-operatórios neste domingo e ficar em repouso. A cirurgia está prevista para 6h desta segunda-feira e será comandada pelo gastroenterologista Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo.
Neste tipo de cirurgia, que costuma durar de três a quatro horas, os médicos retiram a bolsa de colostomia e religam as partes do intestino grosso que estavam separadas pela bolsa. O prazo de recuperação estimado é de dez dias.
O porta-voz do governo, Otávio Santana do Rêgo Barros, afirmou na última segunda-feira (21) que o gabinete da Presidência da República será transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, enquanto o presidente estiver se recuperando.
Veja como foram as duas cirurgias que Bolsonaro já fez:
Primeira cirurgia
Bolsonaro chegou ao hospital por volta das 15h40 do dia 6 de setembro de 2018 perdendo muito sangue por causa do ferimento e foi submetido a uma cirurgia de urgência chamada laparotomia exploradora. No procedimento, o abdômen é aberto para que sejam corrigidas as lesões.
O procedimento médico detectou que o intestino grosso de Bolsonaro foi transfixado pela faca e que houve também três lesões no intestino delgado. A facada atingiu, ainda, ramos de uma veia e uma artéria do abdômen. Foi retirada a parte lesada do intestino grosso, e o intestino delgado foi costurado.
Arte mostra como foi a primeira cirurgia de Jair Bolsonaro — Foto: Alexandre Mauro/Editoria de Arte/G1
Os médicos fizeram uma colostomia temporária, procedimento que conecta o intestino a uma bolsa fora do corpo, evitando que as fezes passassem pela região ferida - caso contrário haveria risco de infecção no local onde foi tratada a perfuração.
Cinco cirurgiões e dois anestesistas trabalharam na operação. Durante o procedimento, Bolsonaro precisou receber quatro bolsas de sangue em transfusão. A cirurgia durou cerca de duas horas e terminou por volta das 19h40. Em seguida, Bolsonaro foi levado entubado e sedado para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
No dia seguinte, Bolsonaro foi transferido para o hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Segunda cirurgia
No dia 9 de setembro o boletim médico apontou que Bolsonaro tinha uma leve anemia. No dia 12 de setembro, a alimentação oral foi suspensa. À noite, Jair Bolsonaro foi operado pela segunda vez.
Os médicos reabriram o corte da primeira cirurgia e encontraram a obstrução em uma alça do intestino delgado, que fica na parte esquerda do abdômen. Ela foi provocada por aderências em áreas inflamadas das paredes do intestino.
Nesse lugar, a passagem do suco entérico - que vem do estômago - ficou interrompida e o líquido começou a se acumular. Isso fez a pressão aumentar e rompeu os pontos que fechavam um dos cortes provocados pela facada. Um pouco do líquido vazou.
O procedimento médico detectou que o intestino grosso de Bolsonaro foi transfixado pela faca e que houve também três lesões no intestino delgado. A facada atingiu, ainda, ramos de uma veia e uma artéria do abdômen. Foi retirada a parte lesada do intestino grosso, e o intestino delgado foi costurado.
Arte mostra como foi a primeira cirurgia de Jair Bolsonaro — Foto: Alexandre Mauro/Editoria de Arte/G1
Os médicos fizeram uma colostomia temporária, procedimento que conecta o intestino a uma bolsa fora do corpo, evitando que as fezes passassem pela região ferida - caso contrário haveria risco de infecção no local onde foi tratada a perfuração.
Cinco cirurgiões e dois anestesistas trabalharam na operação. Durante o procedimento, Bolsonaro precisou receber quatro bolsas de sangue em transfusão. A cirurgia durou cerca de duas horas e terminou por volta das 19h40. Em seguida, Bolsonaro foi levado entubado e sedado para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
No dia seguinte, Bolsonaro foi transferido para o hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Segunda cirurgia
No dia 9 de setembro o boletim médico apontou que Bolsonaro tinha uma leve anemia. No dia 12 de setembro, a alimentação oral foi suspensa. À noite, Jair Bolsonaro foi operado pela segunda vez.
Os médicos reabriram o corte da primeira cirurgia e encontraram a obstrução em uma alça do intestino delgado, que fica na parte esquerda do abdômen. Ela foi provocada por aderências em áreas inflamadas das paredes do intestino.
Nesse lugar, a passagem do suco entérico - que vem do estômago - ficou interrompida e o líquido começou a se acumular. Isso fez a pressão aumentar e rompeu os pontos que fechavam um dos cortes provocados pela facada. Um pouco do líquido vazou.
Arte mostra como foi a segunda cirurgia de Jair Bolsonaro — Foto: Alexandre Mauro/G1
O cirurgião conseguiu desfazer a aderência com as mãos, sem precisar cortar. Em seguida, a sutura foi refeita e o médico fechou a abertura na parede do tubo. O material que tinha vazado foi todo retirado.
A cirurgia durou uma hora, e Jair Bolsonaro voltou a ter atendimento de terapia intensiva. Durante a cirurgia, todos os outros pontos que poderiam provocar novas obstruções foram tratados, para diminuir o risco de o problema se repetir.
Quatro dias após a segunda cirurgia, Bolsonaro passou para a unidade semi-intensiva. Ele recebeu alta e deixou o hospital no dia 29 de setembro.
Preparativos para a terceira cirurgia
No dia 13 de novembro, já como presidente eleito, Jair Bolsonaro viajou para São Paulo e passou por consultas no Hospital Albert Einstein. O estado de saúde foi considerado excelente pelos médicos.
No dia 23 de novembro, o presidente eleito voltou ao Einstein para fazer exames pré-operatórios. Os exames de imagem revelaram uma inflamação do peritônio (membrana que recobre as paredes do abdômen) e processo de aderência entre as alças intestinais.
Por causa disso, a terceira cirurgia de Bolsonaro para retirar a bolsa de colostomia e religar todo o intestino foi agendada para após a participação do presidente no Fórum de Davos, na Suíça, no final de janeiro.
G1