domingo, 23 de setembro de 2018

Trump avalia ordem executiva contra Google e Facebook, diz site


As empresas poderiam ser prejudicadas pelo projeto, que propõe endurecimento das punições contra monopólio

Donald Trump avalia assinar uma ordem executiva para abrir investigações federais nas instâncias criminal e antimonopólio contra práticas de empresas de tecnologia como Google, Facebook e outras redes sociais. As informações são da Bloomberg.

Em setembro, Trump intensificou seus ataques contra as grandes companhias tecnológicas, advertindo-as para que tenham “cuidado” em relação ao que considera como resultados de busca na Internet “manipulados”.

De acordo com os jornais americanos, a ordem executiva da Casa Branca se concentraria na suspeita de que empresas estejam agindo segundo viés político, e poderia representar uma escalada dos atritos do presidente com essas companhias. As empresas negam que estejam trabalhando para silenciar vozes com base em critérios ideológicos e partidários.

“Departamentos e agências do Executivo com autoridades que poderiam ser usadas para melhorar a concorrência entre as plataformas on-line deverão usar essas autoridades para assegurar que nenhuma plataforma on-line exerça seu poder no mercado de maneira que prejudique os consumidores”, diz um rascunho da ordem.

O texto exige ainda que as agências federais investiguem se há “violação das leis antitruste” por parte das plataformas.
Casa Branca nega autoria do rascunho

O jornal The Washington Post cita três assessores da Casa Branca que negaram terem redigido o rascunho e disseram desconhecer sua origem. Um alto funcionário afirmou ao veículo que o documento existe, mas que ainda deve passar pelo processo formal de análise.

“Apesar de a Casa Branca estar preocupada com a conduta das plataformas on-line e com seu impacto na sociedade, este documento não é resultado de um processo oficial de planejamento de políticas da Casa Branca”, disse a porta-voz adjunta da presidência, Lindsay Waters.

Há tempos, Google e outras empresas de Internet enfrentam queixas sobre os resultados das buscas, que se baseiam em algoritmos que podem levar em conta o histórico de navegação, a localização, entre outros fatores.

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