Desde que venceu a Argentina de forma tão convincente (3 a 0), ainda na primeira fase, a Croácia alterou a expectativa sobre suas chances na Copa do Mundo da Rússia. Não repetiu futebol tão vistoso quanto o daquela partida contra Messi e companhia, mas alcançou a inédita vaga na final com força mental e após três prorrogações. Dessa vez, sem pênaltis: superou a Inglaterra por 2 a 1, numa virada que diz muito sobre a frieza dos adversários da França na grande decisão, dia 15 de julho, ao meio-dia, em Moscou.
A exemplo das partidas contra Dinamarca (oitavas) e Rússia (quartas), os croatas saíram perdendo. Dessa vez, entretanto, não empataram de forma imediata. Sofreram o gol logo aos cinco do primeiro tempo (bela falta cobrada por Trippier) e só foram igualar na metade do segundo. Nesse ínterim, começaram inferiores e se impuseram a partir da “voadora” que Perisic golpeou para as redes. Três minutos depois, o mesmo Perisic acertou a trave. Um chute cruzado de Lingard foi o isolado momento inglês até se completarem os noventa minutos iniciais.
Contrariando a teoria de que um time que vem de prorrogações está cansado, o técnico croata Zlatko Dalic só foi promover a primeira substituição no tempo extra. A Croácia, depois das burocráticas classificações anteriores, buscou o gol de desempate insistentemente. Ele chegou aos quatro minutos do segundo tempo da prorrogação, com Madzukic. Detalhe: em gol de centroavante (somente o segundo dele), nessa Copa que viu Gabriel Jesus passar em branco e o francês Giroud chegar à final zerado.
O jovem time inglês esteve abatido desde então. Não ameaçou a ponto de colocar em risco a vitória croata. Duas cobranças de falta para levantar à área (um forte recurso britânico) apenas acrescentaram um pouco de emoção ao público que mais uma vez lotou o estádio de Lujniki, que receberá a decisão do próximo domingo. Dele, sairá uma bicampeã ou uma nova integrante do rol dos vencedores. Apesar do favoritismo francês, não duvidem dessa Croácia, que sabe ser paciente em busca do triunfo.
Ponto alto
Apesar da sobriedade e do talento da dupla Rakitic e Modric, o meia Perisic tem se mostrado o desafogo criativo dos croatas. Sairá deste Mundial, no mercado da bola, numa prateleira acima da que chegou.
Ponto baixo
O cantor Mick Jagger, dos Rolling Stones, estava no estádio. Postou em suas redes sociais “Vamos, Inglaterra” e, mais uma vez, reforçou seu rótulo de pé frio…
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