A briga entre duas facções presentes em presídios da Paraíba pelo controle das unidades prisionais foi o tema uma grande reportagem da Record TV, no Jornal da Record, nessa quarta-feira (3). O caso ganhou repercussão depois que um vídeo que circula nas redes sociais mostrando um grupo de aproximadamente 30 detentos encapuzados e armados com facões, que seriam pertencentes a uma mesma facção criminosa, em um dos presídios do estado.
Usando expressões de baixo calão no vídeo, os apenados ditam palavras de ordem e ameaçam integrantes de outra facção que estariam tentando atuar na Paraíba.
Em um dos trechos, os presos chegam a dizer que quem ousar invadir o território da facção paraibana vai “perder as cabeças”. “Aqui, no estado de nós aqui, no estado da Paraíba é tudo Okaida, Comando Vermelho é no Rio de Janeiro, aqui não tem esse négocio de Comando Vermelho não. Aqui não tem Comando Vermelho, não venham pra cá que vai perder só as cabeças (sic)”, avisou um dos presos.
Em outro trecho do vídeo, o presidiário diz que vai mostrar o poder de fogo do grupo nas ruas. “Vamos mostrar o poder de fogo de nós nas ruas. Não pense que nós só tem revólver, não. Nós tem pistola 12 e fuzil também (sic)”, alertou.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Administração Penitenciária, o serviço de inteligência do órgão tomou conhecimento e, partir de então, deu início a um pente-fino nos presídios do Róger e Sílvio Porto, de onde as imagens teriam sido gravadas. Durante as operações foram apreendidos celulares e espetos artesanais com os detentos.
A secretaria instaurou um procedimento para apurar o caso e punirá os responsáveis pelo episódio.
O Jornal da Record mostrou, com exclusividade, a tensão nos presídios da Paraíba. Duas facções criminosas disputam o poder dentro e fora das penitenciárias do estado. Em vídeos gravados pelos próprios presos é possível ver grupos armados declarando guerra aos rivais. A preocupação é que os confrontos que aconteceram no início do ano, e que deixaram mais de 100 mortos em três capitais brasileiras, volte a acontecer.
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