terça-feira, 4 de abril de 2017

Quem são os 7 ministros que decidirão o futuro de Dilma e Temer?


Presidente do TSE é Gilmar Mendes, que chegou ao topo do Judiciário pelas mãos de FHC, mas os outros julgadores foram indicados por Lula e sua sucessora

Os destinos políticos de Dilma Roussef (PT) e Michel Temer (PMDB) começam a ser decididos nesta terça-feira, a partir das 9h, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por sete ministros, sendo que seis deles chegaram à cúpula do Judiciário durante as gestões petistas.

O único que não alcançou o topo da Justiça pelas mãos de Dilma ou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é Gilmar Mendes, presidente do TSE, que chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) indicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – Mendes foi advogado-geral da União durante o governo FHC.

O TSE é formado por três ministros do STF – Mendes, Rosa Weber e Luiz Fux -, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) – Herman Benjamin, o relator da cassação da chapa Dilma-Temer, e Napoleão Nunes Maia Filho – e dois advogados, sem ligação com tribunais: Luciana Lóssio e Henrique Neves da Silva.

O brasiliense Henrique Neves da Silva tem histórico familiar na Justiça – é filho do ex-ministro do TSE Célio Silva e irmão do ex-ministro do mesmo tribunal Fernando Neves. Ele foi indicado para o tribunal eleitoral pelo ex-presidente Lula.

Também brasiliense, Luciana Lóssio, a outra advogada na Corte, foi defensora de Dilma durante as eleições presidenciais de 2010, quando a petista chegou ao cargo de presidente pela primeira vez. Foi a própria petista quem a nomeou para o TSE em outubro de 2011. Ela também já advogou para outros políticos, como o ex-governador do DF José Roberto Arruda e a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney.

Dos ministros que vieram do STJ, tanto o paraibano Herman Benjamin quanto o cearense Napoleão Nunes Maia Filho chegaram à Corte em 2014, ambos por indicação de Lula. Benjamin, que é relator do processo, pediu a cassação tanto de Dilma quanto de Temer.

Entre os ministros que vieram do STF, tanto a gaúcha Rosa Weber quanto o fluminense Luiz Fux foram indicados ao STF por Dilma – Fux, no entanto, já era ministro do STJ, onde havia chegado por indicação de FHC em 2001.

Qualquer um dos ministros pode pedir vistas do processo nesta terça-feira e adiar por tempo indeterminado o julgamento. O primeiro a falar será Benjamin. Depois, na sequência, falam os ministros Nunes Maia, Neves, Lóssio, Fux, Weber e Gilmar Mendes.

Veja quem são os sete ministros:

Gilmar Mendes, 61 anos, mato-grossense


Ministro do STF e presidente do TSE, está na Corte eleitoral desde agosto de 2010, como ministro substituto – virou efetivo em outubro de 2012. Assumiu a presidência do órgão em maio de 2016. Chegou ao STF pelas mãos de FHC.

Luiz Fux, 63 anos, fluminense


Ministro do STF e vice-presidente do TSE, está na Corte eleitoral desde maio de 2011, como ministro substituto – virou efetivo em agosto de 2014 e assumiu a vice-presidência do órgão em maio de 2016. Foi indicado por Dilma para o STF, mas antes era ministro do STJ por indicação de FHC.

Rosa Weber, 68, gaúcha


Ministra do STF e do TSE, está na Corte eleitoral desde junho de 2012, como ministra substituta – virou efetiva em maio de 2016. Foi indicada ao STF por Dilma

Herman Benjamin, 59 anos, paraibano


Ministro do STJ e corregedor-geral do TSE, está na Corte eleitoral desde junho de 2014 como ministro substituto – virou efetivo em outubro de 2015 e assumiu a corregedoria-geral em agosto de 2016. Foi indicado ao STJ por Lula.

Napoleão Nunes Maia Filho, 71 anos, cearense



Ministro do STJ e do TSE, está no tribunal eleitoral desde setembro de 2014 – virou efetivo em agosto de 2016. Foi indicado ao STJ por Lula

Henrique Neves da Silva, 51 anos, brasiliense


Advogado, está no TSE desde agosto de 2008, como ministro substituto – virou efetivo em novembro de 2012. Foi indicado por Lula.

Luciana Lóssio, 42 anos, brasiliense



Advogada, está no TSE desde outubro de 2011 – virou efetiva em maio de 2015. Foi indicada por Dilma

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