O 2º Tribunal do Juri de Campina Grande, no Agreste paraibano, condenou a 13 anos de prisão, Ivamar de Paiva Barreto. Ele foi condenado por tentar matar o delegado da Polícia Civil, Leonardo Machado, na cidade de Uiraúna, no Sertão paraibano. O crime aconteceu em julho de 2015 e, segundo a investigação policial, ocorreu depois que acusado e vítima se esbarraram na fila de um estabelecimento comercial. A sentença foi prolatada pelo juiz Horácio Ferreira de Melo, por volta das 19h10.
A decisão ainda cabe recurso da defesa. A votação do júri foi encerrada por volta das 18h30, mas o resultado só foi divulgado pelo juiz depois de um intervalo.
O julgamento começou por volta das 9h. Ainda na parte da manhã, foram apresentadas versões de testemunhas, sendo quatro de acusação e três de defesa, além de materiais midiáticos, com a acusação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) feita pela promotora de justiça Artemise Leal Silva. No início da tarde foi feito um intervalo e no retorno o advogado Ozael Fernandes fez a defesa. Por volta das 16h30, foi iniciada a réplica da promotoria, seguida da tréplica da defesa.
A acusação do Ministério Público foi feita pela promotora Artemise Leal. Ivamar foi acusado de homicídio tentado duplamente qualificado, crime praticado por motivo fútil e porte ilegal de arma. Antes do julgamento, Ivamar já estava preso no PB1. Durante o julgamento, dezenas de delegados da Polícia Civil usaram cartazes pedindo justiça pelo caso.
Relembre o caso
Segundo a promotora, o crime ocorreu depois que o réu e a vítima se esbarraram em uma fila de um estabelecimento, na cidade de Uiraúna. “No estabelecimento havia dois caixas. O réu estava sendo atendido em um deles, quando o outro caixa ficou livre e chegou a vez do delegado. No momento em que a vítima se aproximou eles acabaram esbarrando um no ombro do outro. Depois disso, o réu saiu e ficou esperando a vítima sair. Quando o delegado estava se aproximando do carro dele, o réu o chamou e atirou duas vezes. Um dos tiros atingiu a cabeça e o outro o tórax da vítima”, disse a promotora.
Leonardo Machado estava acompanhado da mãe e dos dois filhos, no momento do crime. De acordo familiares, ele respira hoje com a ajuda de aparelhos e se alimenta por gastrostomia. “Ele também tem ataques de epilepsia. Abre os olhos, mas a única resposta dele são lágrimas”, conta a irmã do delegado, Candice Machado.
G1PB