Delações de Marcelo Odebrecht e Alexandrino Alencar relatam que partido recebeu dinheiro para comprar aliados e aumentar tempo de TV na eleição de 2014
Dilma na posse, em 2014: ela caiu, mas o julgamento da chapa segue no TSE (Eduardo Knapp/Folhapress)
Em uma reunião em 2014 com Marcelo Odebrecht, à época presidente da maior construtora do país, e Alexandrino Alencar, então diretor de Relações Institucionais da empreiteira, o tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff à reeleição, Edinho Silva (PT), foi claro: precisava de 35 milhões de reais para garantir a adesão de cinco partidos à chapa da petista e, assim, conquistar dois minutos e 59 segundos de propaganda eleitoral na televisão. A divisão foi feita de forma igualitária, 7 milhões de reais para cada sigla (Pros, PCdoB, PRB, PDT e PP). A informação sobre o acerto consta do acordo de delação premiada dos dois executivos, homologado na semana passada. Com Dilma já fora do poder, a delação tem um enorme potencial de estrago para seu sucessor, Michel Temer. A revelação deve complicar ainda mais sua situação no Tribunal Superior Eleitoral, na ação que analisa precisamente se houve abuso de poder político e econômico na eleição de 2014.
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