Soldados carregam para dentro da Arena Condá um dos 50 caixões que foram desembarcados nesta manhã na cidade de Chapecó (Nelson Almeida/AFP)
Os corpos de cinquenta das vítimas da queda do avião do time da Chapecoense começam a ser recebidos no estádio Arena Condá. Eles são carregados por oficiais do exército para uma área coberta dentro do gramado. A forte chuva que caía em Chapecó na manhã de hoje não espantou o público que aguarda desde cedo a chegada dos caixões vindos de Medellín, na Colômbia, em dois aviões da Fórça Aérea Brasileira (FAB) . As arquibancadas estão lotadas de torcedores que, emocionados, se abrigam debaixo de capas e guarda-chuvas.
Em várias partes do estádio que receberá o funeral coletivo vê-se faixas em agradecimento ao povo da Colômbia, país onde ocorreu o acidente e que prestou o atendimento e o resgate das vítimas. Na última quarta-feira, uma cerimônia muito emocionante em homenagem às vítimas foi realizada no estádio do Atlético Nacional, em Medellín, exatamente no horário em que seria disputada a final da Copa Sul-Americana contra o time brasileiro.
Alguns torcedores levaram à Arena Condá, inclusive, a bandeira colombiana. “Colombia, gracias por todo”, é o que diz uma das faixas. Outra, em inglês, diz “A todo mundo, o que nos resta é agradecer”.
“O carinho que eles [colombianos] tiveram com todo o povo chapecoense, com todos os brasileiros, foi muito comonente. Por mais que a gente queira demosntrar o quanto estamos gratos, não há palavras para dizer o quanto estamos hornados por tê-los como irmãos, vizinhos. Eu acho que Deus colocou uma nação muito nobre, muito educada e cheia de princípios para ensinar para todo mundo a fraternidade e a solidariedades. Esses professores são os colombianos”, disse Gustavo Braun, corretor de seguros que levava uma das faixas.
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