Atentados em Bagdá, no Iraque, causaram a morte de pelo menos 93 pessoas na madrugada de sábado, 2, para domingo, 3. Outras 200 pessoas ficaram feridas. Os ataques foram realizados com carros-bomba e explosivos.
Um dos ataques ocorreu na área comercial do centro de Bagdá, que estava mais movimentada com o Ramadã, mês de jejum muçulmano. Os atentados foram reivindicados pelo grupo terrorista Estado Islâmico.
Segundo a polícia, na região de Al Karrada foi onde ocorreu o ataque com maior número de mortos. Um suicida detonou um caminhão frigorífico enquanto passava por uma multidão que estava próxima a uma sorveteria, que é a mais popular e antiga da cidade. A sorveteria estava cheia por volta de 1h, 19 horas em Brasília, pois os muçulmanos comer fora durante o mês do Ramadã.
A polícia destacou que o número de vítimas pode aumentar, pois pode haver corpos sob os escombros de prédios danificados.
Este é o ataque mais mortal no país desde que as forças iraquianas desalojaram os militantes do Estado Islâmico de Falluja, em junho. A cidade era o reduto do grupo terrorista e servia como plataforma para o lançamento de ameaças como essa.
Outro artefato explodiu por volta de meia-noite em al-Shaab, um distrito xiita no norte da cidade, onde pelo menos duas pessoas morreram.
Em comunicado divulgado nas redes sociais, o EI assumiu a autoria do atentado e afirmou que o alvo eram os xiitas. O EI afirmou que 40 pessoas morreram e 80 ficaram feridas, advertindo que “com a permissão de Alá prosseguirão os ataques dos mujahedins contra os renegados”.
Segundo o primeiro-ministro iraquiano, Haidar al Abadi, os terroristas “após terem sido esmagados nos campos de batalha cometem ataques com explosivos em uma tentativa desesperada”. A população local atirou pedras no comboio de Abadi.
Outro carro bomba explodiu no mercado popular em Al Shaab, outra região de maioria xiita.
A luta do Iraque contra o Estado Islâmico acontece desde junho de 2014, quando o grupo terrorista assumiu o controle de terras no norte e no centro do país, proclamando um califado.
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