A partir deste domingo, 3, os rótulos dos alimentos devem sair das fábricas contendo informações sobre ingredientes alergênicos. No total, 17 itens devem ser listados, como trigo, crustáceos, leite e nozes.
A decisão é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 2015, e reforçada em junho. A resolução que obriga a indústria alimentícia a informar a presença de alimentos que causam alergias alimentares foi aprovada em junho de 2015 e é válida tanto para alimentos, bebidas, ingredientes e aditivos.
Além de informar a presença de ingredientes alergênicos, a Anvisa determinou que os detalhes sejam exibidos logo abaixo da lista de ingredientes, com as palavras em caixa alta, negrito e com cor diferente do rótulo. A letra não pode ser menor do que a da lista de ingredientes.
Os fabricantes tiveram um ano para se adequar. Os produtos fabricados até o sábado, 2, podem ser comercializados até o fim do prazo de validade.
Os rótulos dos produtos fabricados a partir de agora precisam informar a presença de alguns dos seguintes alimentos: trigo, como centeio, cevada, aveia e suas estirpes; crustáceos; ovos; peixes; amendoim; soja; leite; amêndoa; avelã; castanha de caju; castanha do Pará; macadâmia; nozes; pecã; pistaches; pinoli; castanhas e látex natural.
Os alimentos devem trazer nas embalagens as seguintes informações:
– Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares);
– Alérgicos: Contém derivados de (nomes comuns dos alimentos que causam alergias);
– Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares) e derivados.
O diretor-relator da resolução, Renato Porto, destacou que a demanda nasceu da sociedade, o que fez toda a diretoria votar unilateralmente pela regulamentação. De acordo com a Anvisa, entre 6 e 8% das crianças de 6 a 8 anos tem algum tipo de alergia. “A sociedade pode agora ter certeza que terá rótulos de produtos muito mais adequados, que vão dar a possibilidade do consumidor de escolher adequadamente seus produtos, dado que a melhor maneira de se prevenir [de uma crise alérgica] é evitando o consumo”, disse Porto.
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