sexta-feira, 10 de junho de 2016

Bruxelas aprova extradição de envolvido em atentados para a França


Mohamed Abrini, preso na Bélgica por envolvimento nos atentados em Paris e Bruxelas, será transferido para a França. Ele confessou ser o “homem de chapéu” que participou do ataque ao aeroporto belga. A promotoria federal aprovou nesta quinta-feira (9) a extradição do rapaz.

Preso na Bélgica em 8 de abril, Abrini confessou ser o homem que aparece nas imagens das câmeras de segurança do aeroporto de Zaventem, na capital belga, junto a Ibrahim el-Bakraoui e Najim Laachraoui, os dois homens-bomba que morreram no local.

Abrini, que vestia um chapéu, contou que fugiu do aeroporto sem detonar os explosivos que carregava, que, mais tarde, foram encontrados no local. Os atentados de março emBruxelasmataram mais de 30 pessoas, após explosões no aeroporto internacional e numa estação de metrô.
A França solicitou, na semana passada, a extradição de Abrini e de outro suspeito dos atentados de Paris, Mohamed Bakkali. Ambos pedidos foram autorizados nesta quinta, mas a promotoria belga não deu mais detalhes sobre quando e como essa transferência será realizada.

O caso de Abrini é complicado, uma vez que o suspeito enfrenta dois mandados de prisão na Bélgica pelo envolvimento nos ataques de Paris e de Bruxelas, ambos reivindicados pelo Estado Islâmico (EI). Esses processos precisam ser desmembrados antes que ele seja enviado à França para julgamento.

Autoridades belgas também podem insistir que Abrini seja mais tarde devolvido ao país para que seja julgado lá pelo papel no atentado ao aeroporto de Zaventem, explicou a agência de notícias Belga.

O exato envolvimento de Abrini no atentado de Paris ainda é desconhecido. Nas vésperas do ataque, ele foi visto ao lado do principal suspeito, Salah Abdeslam, e sua impressão digital e DNA foram encontrados num carro usado durante os atos, assim como num esconderijo em Bruxelas.

Abdeslam também foi preso na Bélgica, poucos dias antes do atentado em Bruxelas, e está agora sob custódia na França para responder pelos crimes de terrorismo.


Com G1