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Os investigadores suspeitam que a empresa tenha tentado sonegar até 1,5 bilhão de reais por meio de lobistas que pagavam propina no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Em fevereiro deste ano, quando a 6ª etapa foi deflagrada, o CEO do grupo, André Bier Gerdau Johannpeter, filho do empresário Jorge Gerdau, chegou a ser levado coercitivamente para depor na Polícia e escritórios da empresa foram alvo de mandados de busca e apreensão.
Ao autorizar os mandados, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, afirmou que a Gerdau teve diversos julgamentos favoráveis no Carf, entre 2012 e 2014. O órgão, que é vinculado ao Ministério da Fazenda, tem a função de julgar recursos de empresas multadas na Receita Federal. A PF apura se essas decisões foram tomadas mediante pagamento de propina a agentes do Carf, que teriam recebido o dinheiro de lobistas subcontratados pela Gerdau.
Segundo a PF, o relatório tem 176 páginas e está “fartamente documentado” com material apreendido durante o cumprimento dos mandados na empresa. A polícia também apontou que os envolvidos continuaram praticando os crimes, mesmo após a deflagração da Zelotes, em março de 2015.
Em maio deste ano, a Justiça condenou nove réus da Zelotes no âmbito do inquérito que apura a compra de Medidas Provisórias no Congresso para beneficiar montadoras automobilísticas.
Com Veja