
Os professores de instituições federais vão entrar em greve a partir da quinta-feira, 28. A deflagração da greve nacional foi decidida no sábado, 16, em reunião do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
A greve foi aprovada por ampla maioria das 43 seções sindicais do Andes. A reunião em Brasília contou com a participação de 61 professores, que são representantes das seções sindicais. A decisão é baseada nas deliberações em assembleias gerais realizadas no país.
O presidente do Andes, Paulo Rizzo, destacou na página do sindicato que os professores são chamados a participar de assembleias sobre a paralisação. As assembleias devem ocorrer entre os dias 20 e 25 de maio.
“Chamamos os professores em todo o país a participarem das assembleias que serão realizadas para tratar da deflagração da greve. A hora é agora, as universidades e demais instituições federais de ensino estão à míngua, sem condições de funcionamento, enquanto o governo anuncia que vai promover mais cortes”, afirmou.
Rizzo afirmou ainda que os professores precisam obter conquistas ainda neste semestre. “Além disso, no que diz respeito ao salário e à carreira, temos que obter conquistas ainda este semestre, sem o que não ganharemos nada em 2016, 17 e 18, pois a proposta de lei orçamentária do próximo ano está sendo definida agora”, disse.
O sindicato ressalta que a greve é o meio encontrado para pressionar o governo federal a aumentar os investimentos na educação pública. A greve também é considerada uma resposta ao descaso do governo para a precarização das condições de trabalho e ensino nas Instituições Federais.
Segundo o sindicato, instituições já estão impossibilitadas de funcionar por falta de técnicos, docentes e estrutura adequada.
Os professores federais reivindicam que as negociações sobre os pontos conceituais da carreira sejam retomadas. Elas foram interrompidas em abril de 2014.