terça-feira, 10 de maio de 2016

Após prisão do grupo do ‘falso emprego’, mais de 30 vítimas prestam queixa contra envolvidos

Após a prisão do grupo preso suspeito de atuar em falsa agência de empregos e ameaçar clientes, cerca de 30 pessoas compareceram à Delegacia de Defraudações (DDF) de João Pessoa, nesta terça-feira (10), para prestar queixa contra os suspeitos. Os quatro foram presos nessa segunda (9), em flagrante, sob a acusação de trabalhar em uma falsa agência de empregos com atuação na Grande João Pessoa. Entre os envolvidos estão os sócios-proprietários da empresa e dois são seguranças contratados para ameaçar clientes e funcionários.

De acordo com a delegada Vanderleia Gadi, as vítimas são jovens e estavam em busca de uma oportunidade de emprego no mercado de trabalho. “Após a prisão do grupo, muitas pessoas já comparecem à delegacia dizendo terem sido vítimas da falsa proposta de emprego. Já contabilizamos cerca de 30 pessoas. A delegacia ficou lotada”, falou.

Segundo o delegado Lucas Sá, titular da DDF, os suspeitos estavam sendo investigados há dois meses depois das denúncias. A fraude aplicada pelo grupo é bastante comum e consiste no fato de uma empresa montar uma suposta agência de empregos e anunciar vagas e treinamentos, que garantiriam a conquista de empregos. Para os treinos, era cobrado o valor de R$ 300.

“Cerca de 400 pessoas por semana procuravam a empresa. Lá, elas passavam por uma pequena conversa, como se fosse treinamento, mas nunca havia contratação. Algumas pessoas procuraram as empresas que seriam conveniadas à agência e viram que não havia vínculo nenhum”, explicou o delegado, revelando que, ao questionarem o problema aos proprietários da falsa agência, as pessoas passaram a ser ameaçadas de morte.

O grupo foi preso em flagrante na sede da Avenida Epitácio Pessoa e responderá por estelionato, associação criminosa, tráfico de influência, ameaça e por retenção de documentos. Poderá ser aplicada uma pena de mais de 13 anos de prisão, conforme ressaltou o delegado, que informa que as investigações continuarão. Ele pede ainda que qualquer outra vítima procure a DDF ou faça denúncias pelo telefone 197. A identidade é preservada.


Portal Correio