domingo, 22 de abril de 2018
Se estivesse vivo, Ivanildo Viana faria 55 anos hoje e família pede prisão do mandante do homicídio
Se estivesse vivo, o radialista Ivanildo Viana, assassinado em 2015, estaria completando 55 anos nesta sexta-feira (20). A família do comunicador disse que o maior presente que eles poderiam receber das autoridades policiais e judiciais seria a prisão do mandante do homicídio, tendo em vista que todos os executores estão presos e apontaram um mandante.
“Não entendemos e não aceitamos o segredo em torno do nome do mandante do homicídio. O inquérito não está fechado, porém a polícia já ouviu os executores e quem contratou os mesmos, o que está faltando? Não temos mais informações de nada e há três anos estamos esperando o fechamento deste caso e nada até agora. Queremos uma resposta”. Disse a irmã Inácia Viana, irmã do radialista.
Muito querido no meio da comunicação, o assassinato de Ivanildo surpreendeu a todos, tendo em vista que ele não tinha inimigos.
O Crime
De acordo com investigações policiais, um grupo de extermínio foi contratado para executar o homicídio do radialista Ivanildo Viana em fevereiro de 2015, às margens da BR-101, em Santa Rita, sete pessoas foram presas suspeitas de envolvimento.
Entre os apontados como participantes do homicídio do radialista estão os ex-policiais militares Arnóbio Gomes Fernandes, Erivaldo Batista Dias, Olinaldo Vitorino Marques; além dos suspeitos de execução Eliomar de Brito Coutinho, conhecido como Má; Francisco das Chagas Araújo de Farias, conhecido como Cariri; Valmir Ferreira da Costa, conhecido como Cobra; e Célio Martins Pereira Filho, conhecido como Pé.
O delegado do Núcleo de Homicídios de Santa Rita, Carlos Othon, informou que Arnóbio, também ex-político de Bayeux, teria sido o responsável por entrar em contato com os outros suspeitos para contratar os assassinos.
O delegado detalhou, ainda, que no dia do crime a vítima foi perseguida desde que saiu da rádio, em Santa Rita, por um Gol branco e uma moto Honda Fun vermelha. O carro pertencia a Andrea da Silva Pontes, esposa de Cobra, e a moto seria de um dos suspeitos. “Recebemos uma denúncia através do 190 de que o crime foi encomendado por Arnóbio por telefone e que custou R$ 75 mil”, revelou.
A investigação teria partido de imagens de câmeras de segurança e o mandante do crime não foi identificado até o momento.
De acordo com o delegado, parte do crime foi solucionado também por meio de Eliomar de Brito Coutinho, que, além do homicídio do radialista, está envolvido no assassinato da diretora do presídio de Ingá. No caso do assassinato da diretora, a polícia apreendeu com Eliomar uma arma calibre 9 mm que acredita ter sido usada no crime.