quarta-feira, 4 de abril de 2018

Saiba quais foram os vereadores de Cabedelo presos na Operação Xeque-Mate da PF




Além do prefeito Leto Viana e do vice-prefeito, cinco vereadores da cidade de Cabedelo foram presos (coercitivamente) no início da manhã desta terça-feira (3), na Operação Xeque-Mate da Polícia Federal. Os nomes dos parlamentares presos são: Lúcio José, Tércio Dorneles, Jaqueline, Júnior Datelle e Antônio do Vale, foram conduzidos coercitivamente para a sede da Polícia Federal para prestar esclarecimentos.

Outros cinco vereadores estão sendo afastados por conta da Operação Xeque-Mate.



Operação Xeque-Mate

A Polícia Federal, em ação conjunta com o MPPB (GAECO), deflagrou nessa manhã (3) a operação Xeque-Mate com objetivo de desarticular esquema de corrupção na administração pública de Cabedelo, no âmbito dos poderes executivo e legislativo municipal. Informações preliminares dão conta de que o prefeito Leto Viana (PRP), seu vice, Flávio de Oliveira (PRP), além do presidente da Câmara, Lúcio José (PRP) foram presos. O escritório de um famoso empresário de João Pessoa também estaria cercado por agentes da PF.

Participam da operação cerca de 200 policiais federais. Serão cumpridos 11 mandados de prisão preventivas, 15 sequestros de imóveis e 36 de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça da Paraíba. Além dos mandados, a justiça decretou o afastamento cautelar do cargo de 85 servidores públicos, entre eles o prefeito e o vice-prefeito de Cabedelo, e o presidente da Câmara Municipal.

Durante as investigações, ficou comprovado a participação das principais autoridades públicas do município que se beneficiavam do esquema de diversas formas, tendo registrado aumento patrimonial espantoso, muito acima do condizente com sua renda.

Somente na aquisição de imóveis nos últimos cinco anos, verificou-se que um agente político envolvido movimentou mais de 10 milhões de reais à margem do sistema financeiro oficial.

Em um dos esquemas, foram detectados funcionários fantasmas da prefeitura e da câmara municipal que recebiam salários de até R$20.000 e entregavam a maior parte para as autoridades locais, ficando de fato com valores residuais.

Foram constatadas ainda doações fraudulentas de imóveis do patrimônio público municipal, bem localizados e de alto valor, para empresários locais sem que houvesse critérios objetivos para a escolha do beneficiado.

Os envolvidos responderão por formação de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraude licitatória. O prefeito responderá ainda por crime de responsabilidade de prefeito. O MPPB e a PF disponibilizam o endereço eletrônico http://xequemate.mppb.mp.br para denúncias relativas à investigação.






Portal do Litoral com Wscom