quarta-feira, 4 de abril de 2018

Justiça mantém prisão e manda prefeito de Cabedelo preso pela Polícia Federal para batalhão da PM, em João Pessoa

Vereadores Jaqueline Monteiro, Primeira Dama, E Antônio Bezerra


Prefeito Leto Na Audiência De Custódia ( Foto: Mais PB)

A audiência de custódia dos presos na Operação Xeque-Mate, presidida pelo juiz Rodrigo Marques Silva Lima, da 6ª Criminal da Comarca de João Pessoa, nesta terça-feira (3), já traçou o destino do prefeito Leto Viana e dos demais presos preventivamente pela Polícia Federal, entre eles vereadores. Um dos presos vai ser encaminhado para o Presídio do Róger, na capital paraibana.

O prefeito Wellington Viana França teve a prisão preventiva mantida e foi encaminhado para o 5º Batalhão da Polícia Militar, no bairro Valentina Figueiredo, Zona Sul da capital.

O vereador Antônio Bezerra do Vale Filho (PRP) foi ouvido, mantido preso e encaminhado também ao 5º BPM, por ser advogado. Para o Batalhão foram conduzidos também o professor de Geografia Gleuryston Vasconcelos Bezerra Filho, o presidente da Câmara, Lúcio José Nascimento, além do vereador Rosildo Pereira de Araújo Júnior, conhecido por Junior da Tele.

A vereadora e vice-presidente da Câmara e primeira-dama do município, Jaqueline Monteiro França, teve a prisão mantida e foi encaminhada para 6ª Companhia da Polícia Militar, em Cabedelo, assim como a professora, Leila Maria Viana do Amaral.

O funcionário público Adeildo Bezerra Duarte, assessor especial de Leto Viana, e o empresário do Ramo de Segurança, Marcos Antônio Silva dos Santos, foram encaminhados para o presídio do Róger.

A Operação

Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 15 sequestros de imóveis e 36 de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça da Paraíba. Além dos mandados, a justiça decretou o afastamento cautelar do cargo de 85 servidores públicos, entre eles o prefeito de Cabedelo, Leto Viana (PRP), o vice-prefeito Flávio de Oliveira e o presidente da Câmara Municipal, Lúcio José do Nascimento Araújo.

Em entrevista coletiva concedida no final da manhã, o delegado da Polícia Federal Fabiano Emídio de Lucena Martins explicou que, se forem considerados apenas os cargos fantasma, o esquema de corrupção na Prefeitura de Cabedelo movimentou cerca de R$ 3,8 milhões. Já se levar em consideração o valor total fruto de corrupção, esse montante chega a R$ 30 milhões.

A PF também evidenciou que as investigações começaram a partir de uma colaboração premiada do ex-presidente da Câmara Municipal de Cabedelo, Lucas Santino, há cerca de um ano, e estão sendo baseadas no que foi revelado. Todo o processo investigativo ainda prossegue, e os delegados da Polícia Federal destacaram que esse procedimento gerou prejuízos no âmbito criminal e em relação à improbidade administrativa para todos os envolvidos.

Até o final da manhã, a PF apurou que foram recolhidos nas ações desta terça-feira nas residências dos suspeitos cerca de R$ 300 mil em espécie, ao todo, além de objetos de valor como jóias, relógios e os carros de luxo.



Com mais PB