Durante audiência no Fórum Criminal de João Pessoa ficou determinado que Diego Rego deve permanecer na Penitenciária de Segurança Média de Mangabeira durante os fins de semana, nos feriados e, diariamente, das 20h às 5h. Nos sábados, ele também deve permanecer no presídio a partir das 13h.
Audiência de Diego Rego aconteceu na quinta-feira (12), em João Pessoa (Foto: Reprodução/TJPB)
No crime conhecido como “Barbárie de Queimadas”, cinco mulheres foram estupradas e duas delas mortas porque reconheceram os agressores, que eram supostos amigos das vítimas. Seis acusados foram sentenciados pelos crimes de cárcere privado, formação de quadrilha e estupro.
Além disso, Eduardo dos Santos, considerado o mentor dos crimes, foi condenado a 108 anos e dois meses de prisão, em 2012. Segundo o juiz Antônio Maroja Limeira Filho, Eduardo foi considerado culpado por dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma, além dos cinco estupros. Por estes crimes, ele foi condenado a 106 anos e 4 meses de reclusão. Além disso, ele recebeu uma pena de 1 ano e 10 meses de detenção pelo crime de lesão corporal de um dos adolescentes envolvidos no crime.
Segundo Izânia Monteiro, irmã de uma das vítimas, o sentimento é de injustiça. “Para nós familiares compreendemos que nossas leis ainda são muito brandas, pois iremos conviver com a inquietude, dor e ausência de Izabella e Michele, que poderiam estar em nosso meio, desfrutando a vida e alcançando os espaços almejados, algo que quem terá a oportunidade agora é quem tirou a vida delas e com isso nos sentimos injustiçadas”, declarou.
Isania Monteiro diz que o sentimento após a liberação do semiaberto é de injustiça (Foto: André Resende/G1)
Relembre o caso
O crime aconteceu em fevereiro de 2012 e, no mesmo ano, os outros 9 envolvidos já foram julgados. No dia 12 de fevereiro, cinco mulheres foram estupradas e duas delas – a professora Isabela Pajuçara e a recepcionista Michelle Domingos – foram assassinadas na cidade de Queimadas, no Agreste da Paraíba. Elas estavam em uma festa de aniversário em uma casa com dez homens.
Conforme as investigações da Polícia Civil e a denúncia feita pelo Ministério Público da Paraíba, os estupros foram planejados pelos irmãos Luciano e Eduardo dos Santos Pereira, que teriam chamado amigos para abusar sexualmente das mulheres convidadas para a festa de aniversário de Luciano. Segundo informações contidas no processo, o estupro coletivo seria um “presente” para o aniversariante.
Seis homens – Luciano dos Santos Pereira, Fernando de França Silva Júnior, Jacó Sousa, Luan Barbosa Cassimiro, José Jardel Sousa Araújo e Diego Rêgo Domingues – foram condenados pelos crimes de cárcere privado, formação de quadrilha e estupro e cumprem penas entre 26 a 44 anos de prisão em regime fechado no presídio de Segurança Máxima PB1, em João Pessoa. Três adolescentes também foram julgados e sentenciados a cumprir medidas socioeducativas no Lar do Garoto.
G1