O presidente do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), João Gonçalves de Medeiros Filho, solicitou a abertura de uma sindicância interna para apurar a conduta médica no caso do bebê que morreu em Cabedelo, no último sábado (21). A determinação aconteceu na tarde desta segunda-feira (23).Com isso, foi aberta pelo CRM-PB uma sindicância ex-officio, que é quando a instituição toma a iniciativa de realizar a investigação sem que haja pedidos externos.
Entenda o caso
Na noite do último sábado, uma grávida com 9 meses e 9 dias entrou em trabalho de parto na cidade de Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa. As contrações foram aumentando por volta das 23h quando, acompanhada por familiares, deu entrada no Hospital e Maternidade Padre Alfredo Barbosa. Entretanto, segundo parentes, ao chegar na unidade ela foi ‘devolvida’ pra casa após recomendação médica.
A mulher atendeu a indicação, mas a criança nasceu nas primeiras horas do domingo (22). Vizinhos auxiliaram o trabalho de parto, acionaram uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e acompanharam a ação. Com o retardo do atendimento, o bebê tão esperado (de nome Isaías) não resistiu e morreu.
Familiares gravaram vídeos mostrando o exato momento do nascimento da criança.
Sequência
A direção do hospital informou à imprensa ter conhecimento do fato e deve aguardar o laudo final para emitir um posicionamento em definitivo. Parentes, vizinhos e amigos da grávida acusam a médica plantonista de ter negligenciado o atendimento, devido as circunstâncias.
A mulher foi internada após o socorro prestado pelo Samu. O corpo do bebê deve ser periciado e só após o procedimento, será entregue à família.
Resposta da prefeitura
O diretor da unidade disse que a médica responsável pelo atendimento foi afastada até o esclarecimento dos fatos. A Prefeitura de Cabedelo, através da Secretaria de Comunicação Social, informou que os fatos estão sendo apurados.
Veja a nota na íntegra:
“A Direção Geral do Hospital e Maternidade Municipal Padre Alfredo Barbosa (HMMPAB) informa que abriu uma sindicância para apurar o atendimento feito à paciente. Ela deu entrada no Hospital no último dia 21, foi atendida e liberada às 23h. Às 5h do dia 22, retornou à Unidade Hospitalar, através do Samu, após realizar o parto residencial, com óbito fetal. A Direção Técnica/Clínica do HMMPAB está engajada em apurar todos os fatos, ouvir todos os lados envolvidos e tomar as providências cabíveis ao caso”.
com T5