O inquérito instaurado para investigar o suposto pagamento de caixa 2 ao senador Cássio Cunha Lima (PSDB) foi remetido nesta terça-feira (18) para a Corregedoria Geral da Polícia Federal. A decisão é do ministro Edson Fachin, relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os delatores Alexandre José Lopes Barradas e Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, ex-executivos da Odebrecht, relataram pagamento de R$ 800 mil ao senador como caixa 2 nas eleições de 2014, quando o tucano disputava o Governo do Estado.
Cássio Cunha Lima teria solicitado e recebido, por meio de um intermediário de nome “Luís”, o valor de R$ 800 mil. Conforme os autos, o pagamento foi feito com expectativa de receber futura contrapartida e de realizar obra de saneamento na Paraíba. Na planilha de pagamento, o senador paraibano é citado como “Prosador”.
Em nota, Cássio Cunha Lima disse que recebeu uma doação da Braskem na campanha de 2014.
“Essa doação foi devidamente declarada na minha prestação de contas. O meu patrimônio é absolutamente compatível com a minha renda e eu nunca usei de quaisquer dos meus mandatos para enriquecer ilicitamente. Quando prefeito de Campina Grande e governador da Paraíba, jamais tive uma obra pública executada pela Odebrecht. Tem que investigar, sim! Investigar até o fim! E investigar imediatamente!”, declarou.
Paraiba.com