sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

MPF PEDE PRISÃO DE PAULO ROBERTO POR MENTIR EM DELAÇÃO PREMIADA


PROCURADORES PEDEM QUE COSTA TENHA OS BENEFÍCIOS SUSPENSOS
ROCURADORES PEDEM QUE COSTA TENHA OS BENEFÍCIOS DE DELAÇÃO SUSPENSOS, ALÉM DE SUA CONDENAÇÃO À PRISÃO (FOTO: ESTADÃO)

PUBLICIDADEO Ministério Público Federal (MPF) pediu ao juiz Sérgio Moro que Paulo Roberto Costa volte à prisão. Para os procuradores, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras mentiu em sua colaboração premiada. Eles pedem que Costa tenha os benefícios de delação suspensos, além de sua condenação à prisão.

Segundo os procuradores, na ação penal a que Costa e familiares respondem por tentativa de ocultação de provas, houve confronto em depoimentos dele e de sua filha, Arianna. Com isso, teriam ficado evidentes contradições e omissões, descumprindo, dessa forma, deveres assumidos em razão da delação.

Em um dos depoimentos, Costa afirma que pediu à Arianna a retirada de R$ 100 mil e US$ 10 mil de sua empresa. Mas, em juízo, mudou a versão. Afirmou que pediu que ela buscasse R$ 50 mil no escritório da empresa Costa Global Consultoria.

Em documento, Deltan Dalagnol, coordenador da força-tarefa, e outros procuradores dizem que ficou demonstrado que Paulo Roberto Costa ‘faltou com a verdade’ várias vezes. “Desta feita, resta impossibilitada a aplicação dos benefícios previstos nos referidos acordos, uma vez que, a colaboração não foi efetiva, pelo que o parquet federal requer sua desconsideração para fins de condenação e dosimetria da pena", diz o documento.

Petrolão

Costa, que foi condenado por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, revelou, em delação premiada, como funcionava o esquema de corrupção na Petrobras.

Ele ficou cerca de cinco meses preso e foi libertado após a homologação de sua delação. Passou a cumprir prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica por um ano. Em outubro do ano passado, ele progrediu para o regime semiaberto, também com tornozeleira eletrônica. Segundo o acordo, ele poderia ficar dois anos nessa condição.

diariodopoder.