Restos de documentos queimados foram encontrados entre cinzas nos fundos do prédio que funcionava a Secretaria de Finanças e Tributos da Prefeitura de Conde, no Litoral Sul paraibano. Não foi possível identificar que tipos de documentos foram destruídos. Segundo Alekssandro Pessoa, diretor de Tributos de Conde, a incineração dos documentos públicos será comunicada nesta quinta-feira (4) a Polícia Civil.
“Revirando as cinzas encontramos alguns documentos. Não temos ideia da quantidade de ofícios que foram queimados nos fundos da secretaria. Sabemos que é muita coisa devido à mancha e o lastro de destruição. Nesta quinta, vou até a delegacia prestar queixa sobre o caso. Destruição de documento público é crime”, avisou Pessoa.
Além dos documentos incinerados, várias irregularidades foram encontradas no setor de tributos. “Máquinas sem funcionar, prédio todo deteriorado e comprovantes de pagamentos de forma arbitrária através de carimbo, prática não normal nos dias atuais onde utilizamos banco e autenticação mecânica”, explicou o diretor.
O diretor revelou que a equipe de transição da atual gestão está elaborando um documento para ser entregue ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) contendo todas irregularidades encontradas na prefeitura, herança deixa da pela gestão de Tatiana Correia, que não conseguiu reeleger e perdeu as eleições para a socialista Márcia Lucena.
Nessa segunda-feira (4), o município decretou estado de emergência financeira e administrativa. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município. O decreto é válido a contar da data de publicação, mantendo-se pelo prazo de 180 dias.
A administração municipal resolveu adotar a medida diante de irregularidades como “ausência de operacionalidade e de informações para garantir o início da nova gestão” e “tentativa frustrada de transição entre os governos, falta de contratos e omissão na continuidade de serviços públicos”.
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