quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Como Teori Zavascki chegou ao STF e passou a relator da Lava-Jato


A trajetória do discreto ministro, que na semana que vem homologaria as delações de executivos da Odebrecht

O catarinense Teori Albino Zavascki, morto aos 68 anos em um acidente aéreo, ocupava o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) desde novembro de 2012, quando herdou a cadeira de Cezar Peluso. Ele foi convidado pela então presidente Dilma Rousseff quando era ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Teori Zavascki para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

Era um nome ligado ao ex-governador do Rio Grande do Sul, o petista Tarso Genro, que fez questão de declarar a “paternidade” da indicação em seu perfil no Twitter naquela época. “Defendi sua indicação para o ministro José Eduardo Cardozo e formalizei para a presidente nossa defesa do ministro Zavaschi”, escreveu então.

Ele foi desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região até 2003, quando chegou ao STJ nomeado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com carreira direcionada ao direito tributário, trabalhou no Banco Central e em várias instituições financeiras.

No retorno do recesso do Judiciário, caberia a Teori, relator-geral da Lava-Jato, homologar as delações premiados dos executivos da empreiteira Odebrecht. De perfil reservado e discreto, era avesso a entrevistas. Perdeu a mulher, Maria Helena de Castro, em 2013, vítima de câncer.

veja.abril