quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
Vereador é coagido a deixar mandato por ameaça de morte
O vereador Osório Policarpo Neto (PROS), conhecido como Professor Netinho, declarou ter sido ameaçado de morte caso não renunciasse o mandato. Em publicação nas redes sociais na manhã desta quarta-feira (28), Netinho afirmou ter passado por momentos de tortura e cárcere.
O vereador fez a denúncia na Polícia Federal nesta quarta-feira (28), em Campina Grande. O delegado Luciano Patury, da Polícia Federal, confirmou a denúncia, mas não informou detalhes sobre o caso. As torturas duraram cerca de 2 horas, disse o vereador.
Segundo ele, dois homens armados com documentos timbrados invadiram a casa de um amiga onde ele jantava, e torturaram o vereador para que assinasse um documento.
De acordo com o vereador, o envelope estava timbrado com o brasão da Câmara de Vereadores de Soledade. Ozório Neto disse que havia quatro papéis no envelope, sendo um com os dados dele, do partido e com o resultado das eleições, além de outras três folhas iguais com um ofício feito em nome do vereador e destinado ao presidente da Câmara de Vereadores, informando que queria renunciar à posse.
“A renúncia dizia que era de cunho pessoal, porque eu assumi um concurso público recentemente para professor no município, e que eu iria tratar de minha vida para concursos. A arma era aqui [na minha cabeça]. Eles diziam: assina ou morre”, conta o vereador eleito, que informou não ter assinado os documentos, apesar das ameaças.
Confira o print do Facebook abaixo:
Professor Netinho foi eleito em Soledade como o segundo vereador mais votado, com 424 votos, integrando a coligação formada pelo PP, PROS e PSB.
Com ClickPB