segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Inaldo Leitão é identificado como ‘Todo Feio’ em delação da Odebrecht e emite nota
O ex-deputado federal Inaldo Leitão é o 1º paraibano a aparecer na lista revelada pelo delator de Odebrecht, Cláudio Melo Filho, divulgada essa semana. O fato foi divulgado nacionalmente e já ganha grande repercussão.
Nessa primeira “leva”, 36 políticos foram citados entre os beneficiários de propina.
O paraibano tinha, segundo o delator, o codinome de “Todo Feio”. Ele aparece na lista como tendo recebido a “bagatela” de R$ 100 mil.
No acordo de delação premiada, o ex-diretor da empreiteira citou tanto políticos governistas, quanto oposicionistas
No chamado anexo que contém os resumos do que será tratado na colaboração, Mello Filho promete relatar em detalhes aos investigadores sua relação com os principais integrantes da cúpula do PMDB, atingindo em cheio o núcleo duro do governo Michel Temer.
Em trechos divulgados pela imprensa nacional, Mello Filho contou também que foi acertado pagamento de R$ 10 milhões por Marcelo Odebrecht ao PMDB, em jantar no Palácio do Jaburu que teve em maio de 2014 com Temer e peemedebistas. Parte dos recursos foi entregue em dinheiro vivo no escritório de advocacia de José Yunes. Trechos dos anexos da colaboração do executivo foram revelados pelo site Buzfeed.
Inaldo Leitão publicou uma nota nas redes sociais esclarecendo a acusação. Veja:
‘TODO FEIO’, EU?
O ex-amigo e atual canalha Claudio Melo afirmou, na sua delação, que eu recebi 100 mil da Odebrecht na campanha de 2006. Como esse fato já faz 10 anos, não lembro exatamente o valor recebido, mas sei que foi em caráter oficial.
E que fique claro: o delator confessa que me fez a doação por eu ter um cunhado trabalhando na empresa e por amizade pessoal, MAS SEM QUALQUER CONTRAPARTIDA.
Nunca tive relação de negócio com a Odebrecht, jamais fiz qualquer pagamento à empresa nos cargos que exerci e tampouco apresentei projeto de lei ou relatei proposição do seu interesse, direto ou indireto, na Câmara dos Deputados. Isso inclui qualquer outra empresa.
O delator afirma que os personagens delatados retribuíram a doação recebida por diversos meios e formas. MENOS EU.
Moro em Brasília desde 2007 pagando aluguel. Em 40 anos de atividade profissional (advogado, procurador do Estado e professor da UFCG), fui também Secretário de Estado por três vezes, Delegado do Mec, Deputado Estadual, Presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Federal por duas legislaturas e o único patrimônio imobiliário que tenho é um apartamento em João Pessoa (bem de família).
Ou seja, nunca me utilizei da carreira pública para acumular patrimônio ilegalmente. Nesse quesito, ocorreu o contrário: só perdi. E não me arrependo, pois jamais tive como objetivo de vida a riqueza.
Outra coisa que não gostei nessa delação do canalha Claudio Melo foi codinome de “Todo Feio”. rsrsrsrsrs Não é bem assim, né? Se fosse escolher um codinome para esse delator, ficaria em dúvida entre Todo Horroroso ou O Mentiroso.
S. Ora, ora, ora…
Acabei de ter acesso ao texto da delação do canalha Claudio Melo. Diz ele: “Durante a campanha de 2010, recebi um pedido do Ex-Deputado Inaldo Leitão para que reforçasse junto ao Pacífico, DS das regiões norte e nordeste e amigo pessoal de Inaldo, a solicitação que ele havia feito a Pacífico de contribuição financeira. Reforcei o pedido junto a Pacífico até porque tenho tenho uma relação com o parlamentar e o mesmo tinha capacidade demonstrada de ser um futuro líder na Câmara, já tendo sido membro da CCJ. Ressalto, ainda, que este ex-Deputado tem relações antigas na empresa, além de familiares.”
Detalhe: NÃO FUI CANDIDATO EM 2010!!!
Outro: como esse sujeito pode dizer que eu vou ser líder de uma bancada que ainda não existe e só será conhecida depois da eleição? Finalizou Inaldo.