sexta-feira, 8 de abril de 2016

Desembargador se defende de acusações de Frei Anastácio sobre participação em assassinato de líder petista



O parlamentar afirmou que o crime foi encomendado por um grupo de proprietários de terras da região, entre os quais o desembargador Paulo Américo Maia de Vasconcelos Filho

O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Paulo Américo Maia de Vasconcelos Filho se defendeu das acusações do deputado estadual Frei Anastácio (PT), que o acusou de envolvimento no assassinato do presidente do PT de Mogeiro, Ivanildo Francisco da Silva, na última quarta-feira. O parlamentar afirmou que o crime foi encomendado por um grupo de proprietários de terras da região, entre os quais o desembargador.

Frei Anastácio declarou, através de nota, que existe um grupo arquitetado para impedir a luta pela terra na região do Agreste Paraibano. “Atualmente há um grupo de capangas fortemente armado atuando nos municípios de Mogeiro, Itabaiana e São José dos Ramos. Eles estão sendo pagos por um grupo de proprietários rurais desses municípios”, disse o deputado. O grupo seria formado por José Guilherme, dono da Fazenda Paraíso; José Otávio Silveira, dono da Fazendinha; o jogador de futebol, Ailton; Maria Luiza, dona da Fazenda Salgadinho, Alexandre de Miranda, que comprou parte da fazenda Salgadinho e o desembargador, Paulo Américo Maia, dono da Fazenda Pau a pique, em São José dos Ramos.

Segundo esclareceu o desembargador, também através de nota, “apesar de sua propriedade ter sido invadida por pessoas do município de São José dos Ramos, diferente do que insinua o deputado, tomou as providências legais cabíveis e obteve êxito, tendo a Justiça lhe concedido mandato de reintegração de posse, que foi cumprido pela Polícia Militar e os invasores estão respondendo à inquérito policial”. Além disso, ele afirmou que não conhecia a vítima e também desconhece as pessoas citadas como integrantes de um suposto grupo de proprietários rurais.

O deputado estadual afirmou que todos os nomes foram entregues às autoridades para que sejam investigados. Segundo ele, horas antes de ser assassinado, Ivanildo e a assessoria jurídica da Comissão Pastoral da Terra (CPT) estiveram em reunião para relatar toda a organização criminosa e para elaborar um documento a ser encaminhado ao deputado federal Luiz Couto, além de autoridades estaduais e federais, no entanto, no mesmo dia à noite ele foi assassinado.

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