terça-feira, 8 de março de 2016

Tenente Aline Rosa: inspirada no pai, jovem decide ingressar na carreira militar


Uma menina cheia de sonhos. Uma mulher de garra. Ela é natural de Brasília-DF, mas vive na Paraíba há 22 anos. E foi nessa terra que ela iniciou a construção de um sonho: ingressar na Polícia Militar. Aline Rosa é um exemplo de superação. Aos três anos ela perdeu o pai – que era militar – e foi daí que nasceu o desejo de honrar sua memória.
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“Sempre tive este sonho desde pequena, quando perdi meu pai aos três anos e ele era policial. Foi uma forma que encontrei de estar sempre perto dele. Honrando sua memória e sendo sua seguidora”, contou emocionada em sua entrevista ao portal Tambaú 247.

Forte e perseverante, a jovem não desistiu desse objetivo. Seus dias e noites eram dedicados aos estudos. A caminhada parecia difícil, mas ela conseguiu alcançar o primeiro degrau ao ser aprovada no Curso de Formação de Oficiais. Dos 32 alunos, apenas cinco eram mulheres, entre elas aquela menina que desde criança sonhava em desempenhar essa profissão.
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Os ensinamentos que aprendeu com o pai continuavam presentes. Mais uma vez não seria fácil. “Nessa profissão temos que abrir mão de estar ao lado da família em prol da sociedade, trocar as horas de sono pelos minutos de segurança de uma população, enfrentar a dura realidade das ruas, no combate à criminalidade, sem saber se a missão vai ser concluída com sucesso ou não”, destacou ao citar os desafios que teria que enfrentar.

Três anos depois de participar do curso com mais de 100 disciplinas em quase quatro mil horas/aula e se tornar Bacharel em Segurança Pública, a aspirante ao quadro de oficiais tem a primeira missão. Ela foi designada para atuar no 13º Batalhão da PM, em Itaporanga, no Sertão do Estado.


A jovem, aliás, é a única mulher nesta unidade. E eis que a vida lhe proporcionava mais uma oportunidade de superação. “Assim que me apresentei no meu batalhão houve comentários de alguns que não acreditavam na minha capacidade de operar e administrar a segurança pública simplesmente pelo fato se eu ser mulher. Algumas cabeças não crêem que as mulheres possam ser policiais ‘de rua’, pois a capacidade de resolução de conflitos delas não pode substituir a virilidade e/ou truculência masculina. Hoje, eu estou para provar que isso não existe e vou fazer isso desempenhando minha função com responsabilidade e respeito”, destacou.

O próximo passo, após os seis meses de estágio probatório, é o ingresso da aspirante Aline Rosa e seus companheiros de farda no Quadro de Oficiais Combatentes (QOC) da PM. Eles passarão a ocupar o posto de 2º tenente.

Assim como Aline, outras milhares de meninas sonham em ter um futuro digno, seja nessa ou em outra profissão. Para todas elas, é essencial a exigência do respeito e a perseverança diária. O conselho é de alguém que venceu e almeja alcançar voos ainda mais altos.

“Que você, mulher, entre nesta carreira para fazer e ver alguma mudança no mundo. Estude e sempre vá em busca de conhecimento, por que esta é ainda a melhor arma que você pode ter para seus sonhos deixarem de ser sonhos. Nunca deixe alguém te dizer que você não pode. Vá e vença, pois só você é o seu único e maior obstáculo”, finalizou.





Tambau247

Renata Nunes