A segunda fase da Operação Falsa Morada, deflagrada pela Polícia Federal na Paraíba na manhã desta terça-feira (05), vai investigar a execução de 50 contratos do programa do governo federal Minha Casa Minha Vida com suspeitas de fraude no município de Santa Rita. Três suspeitos de participar da organização criminosa foram presos preventivamente, seis veículos foram apreendidos, sendo quatro de luxo, e envolvidos terão seus bens bloqueados.
De acordo com o delegado regional de Combate ao Crime Organizado no estado, Raone Aguiar, um dos suspeitos presos é ligado às construtoras envolvidas nos financiamentos habitacionais concedidos para casas inexistentes junto à Caixa Econômica Federal e dois envolvidos serviriam como facilitadores – eram responsáveis por procurar terceiros que se dispunha a participar do golpe fornecendo documentos pessoais.
“A partir de agora, a polícia vai investigar quem tinha ou não consciência da utilização de seus documentos nas transações fraudulentas”, explicou Raone Aguiar, adiantando alguns dos passos da operação policial, cujo delegado responsável é Alexandre Paiva. A fraude resultou num prejuízo superior a R$ 5 milhões para o governo federal a partir dos contratos com a Caixa Econômica Federal.
O delegado informou que já pediu o bloqueio dos bens dos suspeitos e apreendeu seis veículos, que servirão para ajudar a ressarcir os cofres públicos ao final do processo. Outra medida que será adotada para garantir o ressarcimento, segundo Raone Aguiar, será “correr atrás do percurso do dinheiro nas contas bancárias”.
A Polícia Federal não descarta a realização de novas fases da Operação Falsa Morada. Mas esclarece que vai analisar o material apreendido junto com a organização criminosa, para verificar se há motivos para novas prisões ou se as provas coletadas são suficientes para finalizar a investigação.
Com ClickPB